PR moçambicano promete trabalhar "dia e noite" para pôr fim a raptos e terrorismo
O Presidente moçambicano, Daniel Chapo, prometeu hoje trabalhar "dia e noite" para pôr fim aos raptos e terrorismo no país, para tornar Moçambique próspero e com melhores condições de vida.
"Com o terrorismo terminado, com os raptos terminados, com a economia dinâmica, com oportunidades de negócio, em paz e segurança, nós vamos, sem margem de dúvidas, trazer prosperidade para este país, criar esperança para o nosso povo e criar melhores condições de vida para todos os moçambicanos", declarou o chefe de Estado, durante a abertura da XX Conferência Anual do Setor Privado (CASP), em Maputo.
Daniel Chapo avançou que diminuiram o número de raptos em Moçambique, mas, ainda assim, prometeu trabalhar para que o país se torne "zero raptos", um "mal" que, segundo o Presidente, atrasa o desenvolvimento da economia e reduz investimentos nacionais e estrangeiros.
"Nós, como Estado, vamos continuar a trabalhar dia e noite para que esta redução se torne `zero raptos` em Moçambique, para desenvolver a nossa economia", disse Chapo.
Cerca de 150 empresários foram raptados em Moçambique nos últimos 12 anos e uma centena deixou o país por receio, segundo números divulgados em 2024 pela Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA).
Na conferência, iniciada hoje e que decorre até sexta-feira, o chefe de Estado moçambicano prometeu também usar todos os meios ao seu alcance para pôr fim ao terrorismo, que afeta a província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique, desde 2017.
"Não há nenhum país no mundo que se desenvolve sem paz e segurança. Por isso, (...) a nossa luta em relação a Cabo Delgado, vamos continuar a trabalhar dia e noite, usando todos os meios que estão ao nosso alcance, para que realmente o terrorismo também possa ter fim", frisou.
Chapo disse que não vai "pactuar com criminalidade" e que quer um "Moçambique livre", em que as pessoas convivam "24 sobre 24 horas" em paz e segurança.
"Que esta conferência seja o ponto de viragem que projeta Moçambique no caminho de competitividade, de inclusão e de progresso para o nosso povo", concluiu o chefe do Estado moçambicano.
A província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique, rica em gás, é alvo de ataques extremistas há oito anos, com o primeiro ataque registado em 05 de outubro de 2017, no distrito de Mocímboa da Praia.
De acordo com o mais recente relatório da organização de Localização de Conflitos Armados e Dados de Eventos (ACLED, na sigla em inglês), dos 2.236 eventos violentos registados desde 2017, um total de 2.061 envolveram elementos associados ao Estado Islâmico Moçambique (EIM).