PR timorense pede a manifestantes que não recorram à violência
O Presidente timorense, José Ramos-Horta, apelou hoje aos estudantes para não recorrerem à violência nem destruírem edifícios públicos, após um protesto ter sido disperso pela polícia com gás lacrimogéneo.
"A minha mensagem para eles é que não devem destruir propriedade do Estado, nem do corpo diplomático. Os estudantes têm de demonstrar sentido de responsabilidade, com bom comportamento, dialogando de forma adequada e fazendo ouvir as suas vozes de forma ordeira", afirmou Ramos-Horta.
O Presidente falava aos jornalistas após a sessão solene de abertura da terceira sessão legislativa da VI Legislatura, no Parlamento Nacional, que decorreu ao mesmo tempo que uma manifestação de estudantes contra as regalias dos deputados timorenses, incluindo a compra de novas viaturas num valor superior a três milhões de dólares.
A manifestação foi dispersa com gás lacrimogéneo e balas de borracha pela polícia timorense, após os estudantes terem lançado pedras e outros objetos para o Parlamento Nacional.
Ramos-Horta afirmou que as reivindicações podem ser feitas, mas nunca com recurso à violência.
"Isso não é bom. A minha mensagem para eles é essa", apelou o chefe de Estado.
A manifestação foi organizada por estudantes da Universidade Nacional de Timor-Leste (UNTL), Universidade de Díli (UNDIL), Universidade da Paz (UNPAZ) e Universidade de Timor Oriental (UNITAL) e também contou com a participação de ex-professores contratados, membros da sociedade civil e vítimas dos despejos, que estão a ser feitos na cidade de Díli.
Os estudantes continuam o protesto em frente ao parlamento com a presença da polícia, não se tendo registado mais nenhum incidente.