Mundo
Presidente chileno pede desculpas publicamente e anuncia aumento de salários
O presidente do Chile, Sebastián Piñera, anunciou esta quarta-feira um conjunto de medidas sociais, como o aumento do salário mínimo mensal e aumento dos impostos para os mais ricos, como uma tentativa de acalmar os protestos que têm assolado o país nos últimos dias. As manifestações contra o aumento do preço dos bilhetes do metro já se prolongam há cinco dias e provocaram, pelo menos, 18 mortos.
Após uma reunião com todos os partidos políticos na sexta noite consecutiva de protestos no Chile, o presidente chileno dirigiu-se ao país. Sebastián Piñera começou por fazer um pedido de desculpas público por não ter imaginado o impacto que o aumento do preço do bilhete do metro provocaria:
“É verdade que os problemas se acumularam por muitas décadas e que os diferentes governos não foram, nem nós fomos, capazes de reconhecer esta situação em toda a sua magnitude. Reconheço e peço perdão por essa falta de visão”, lamentou Piñera.
De seguida, passou a anunciar um pacote de medidas que ambicionam acalmar o descontentamento do povo chileno.
Sebastián Piñera prometeu um aumento de 20 por cento na pensão mínima, elevando o salário mínimo mensal para 350 mil pesos chilenos (aproximadamente 433 euros), e o congelamento das tarifas de eletricidade que entrariam em vigor no próximo mês de novembro.
No pacote de medidas sociais anunciadas pelo presidente chileno está ainda incluído um aumento dos impostos para aqueles que auferem mais de 9893 euros por mês e uma redução do preço dos medicamentos. De acordo com El País, este conjunto de medidas representará um custo de 1200 milhões de dólares.
Milhares de detenções e 18 mortos
Há cinco dias que o Chile vive um clima de protestos, com motins, confrontos violentos entre os manifestantes e a polícia e incêndios nas estações de metro, lojas e autocarros. O último balanço, de acordo com a agência France-Presse, aponta para mais de duas mil detenções e um aumento do número de mortos para 18, incluindo uma criança. Admite-se que uma das pessoas tenha morrido depois de ter sido espancada por um agente policial.
Depois de ter sido decretado o estado de emergência na capital chilena, foi ainda estabelecido um recolher obrigatório em Santiago e na região metropolitana na segunda-feira.
Sebastián Piñera disse que ainda não estão asseguradas as condições para que o estado de emergência e o recolher obrigatório sejam abolidos:
“Eu sei que alguns pedem para terminá-los. Todos nós queremos isso. Mas, enquanto presidente, é meu dever fazê-lo quando tenho garantias de que a ordem pública, a segurança dos cidadãos e os bens, públicos e privados, estão devidamente protegidos”, disse Piñera.
As manifestações tiveram início na sexta-feira como um ato de revolta contra o aumento do preço dos bilhetes de metro em Santiago (entre 800 e 830 pesos, cerca de 1,04 euros).
“É verdade que os problemas se acumularam por muitas décadas e que os diferentes governos não foram, nem nós fomos, capazes de reconhecer esta situação em toda a sua magnitude. Reconheço e peço perdão por essa falta de visão”, lamentou Piñera.
De seguida, passou a anunciar um pacote de medidas que ambicionam acalmar o descontentamento do povo chileno.
Sebastián Piñera prometeu um aumento de 20 por cento na pensão mínima, elevando o salário mínimo mensal para 350 mil pesos chilenos (aproximadamente 433 euros), e o congelamento das tarifas de eletricidade que entrariam em vigor no próximo mês de novembro.
No pacote de medidas sociais anunciadas pelo presidente chileno está ainda incluído um aumento dos impostos para aqueles que auferem mais de 9893 euros por mês e uma redução do preço dos medicamentos. De acordo com El País, este conjunto de medidas representará um custo de 1200 milhões de dólares.
Milhares de detenções e 18 mortos
Há cinco dias que o Chile vive um clima de protestos, com motins, confrontos violentos entre os manifestantes e a polícia e incêndios nas estações de metro, lojas e autocarros. O último balanço, de acordo com a agência France-Presse, aponta para mais de duas mil detenções e um aumento do número de mortos para 18, incluindo uma criança. Admite-se que uma das pessoas tenha morrido depois de ter sido espancada por um agente policial.
Depois de ter sido decretado o estado de emergência na capital chilena, foi ainda estabelecido um recolher obrigatório em Santiago e na região metropolitana na segunda-feira.
Sebastián Piñera disse que ainda não estão asseguradas as condições para que o estado de emergência e o recolher obrigatório sejam abolidos:
“Eu sei que alguns pedem para terminá-los. Todos nós queremos isso. Mas, enquanto presidente, é meu dever fazê-lo quando tenho garantias de que a ordem pública, a segurança dos cidadãos e os bens, públicos e privados, estão devidamente protegidos”, disse Piñera.
As manifestações tiveram início na sexta-feira como um ato de revolta contra o aumento do preço dos bilhetes de metro em Santiago (entre 800 e 830 pesos, cerca de 1,04 euros).
Na segunda-feira, o governo chileno anulou este aumento dos preços, mas os protestos continuaram, originando a maior crise que o Chile já viveu deste o retorno da democracia em 1990.
c/agências