Presidente cubano em Pequim para reunir com homólogo chinês e assinar acordos

por Lusa
Miguel Díaz-Canel está de visita à China para assinar dez acordos bilaterais D.R.

O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, chegou na última madrugada à China para uma visita oficial de dois dias, que inclui um encontro com o homólogo chinês, Xi Jinping, e a assinatura de acordos bilaterais.

"É uma honra estar de volta à China, país com o qual temos laços próximos. Viemos a convite do estimado Presidente, Xi Jinping, grande amigo de Cuba. Aguardam-nos horas intensas, produtivas e com certeza emocionantes", escreveu Miguel Díaz-Canel na rede social Twitter, junto com imagens da sua chegada a Pequim.

Díaz-Canel aterrou na China oriundo da Turquia, na última paragem de um périplo internacional, que incluiu também visitas à Argélia e Rússia, numa altura em que a ilha atravessa um dos piores momentos económicos das últimas décadas, devido a uma grave crise energética.

A deslocação à China do presidente cubano e da sua comitiva ocorre num 'circuito fechado', no qual os visitantes não têm contacto com o mundo exterior, em cumprimento com as medidas altamente restritivas de prevenção epidémica vigentes na China. Foi neste tipo de "bolha" que se realizou a visita do chanceler alemão, Olaf Scholz, no início deste mês.

Nas imagens da chegada, Miguel Díaz-Canel aparece a descer do avião acompanhado da mulher, Lis Cuesta.

O líder cubano também vai reunir com o presidente da Assembleia Nacional Popular, o órgão máximo legislativo da China, Li Zhansu, e com o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, segundo a presidência cubana.

A mesma fonte disse que está prevista a assinatura de mais de dez acordos bilaterais.

A porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês Mao Ning destacou, no início desta semana, que Díaz-Canel é o primeiro líder da América Latina e do Caribe a visitar o país asiático, após o 20.º Congresso do Partido Comunista da China (PCC), que se realizou em outubro passado, e no qual Xi Jinping obteve um terceiro mandato, quebrando com a tradição política das últimas décadas na China.

"Estamos confiantes de que a visita vai injetar um novo ímpeto no desenvolvimento das relações sino - cubanas e impulsionará novos progressos na nossa amizade e cooperação", acrescentou.

Cuba foi, em 1960, o primeiro país latino-americano a estabelecer relações diplomáticas com a República Popular da China, fundada em 1949.

A China tem tradicionalmente apoiado Cuba em fóruns internacionais como as Nações Unidas, nos quais pediu o levantamento do embargo norte-americano.

 

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