O pedido foi feito hoje à tarde no acto de posse do novo governo são tomense, do primeiro-ministro, Tomé Vera Cruz, apoiado pela coligação Movimento Democrático Força da Mudança - Partido da Convergência Democrática, MDFM-PCD, a que pertence Fradique de Menezes e que venceu as legislativas de 26 de Março e 02 de Abril.

Tendo obtido 23 dos 55 lugares do Parlamento são tomense, o que lhe dá uma maioria simples, o governo da coligação presidencial foi criado sem qualquer pacto oficial de incidência parlamentar que garanta a sua sustentabilidade governativa.

Na cerimónia de posse foi notória a ausência dos líderes máximos dos partidos da oposição parlamentar, designadamente, o MLSTP- PSD e a ADI, que se fizeram representar por figuras secundárias, bem como a não comparência da presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Alice de Carvalho.

Tendo-se quase limitado a citar as "peripécias" registadas no período da campanha eleitoral, o Presidente da República exortou aos são-tomenses, sobretudo a classe política, a criarem um clima de entendimento numa perspectiva do desenvolvimento do País.

"A todos é pedido responsabilidade, para que as mazelas resultantes destas últimas eleições legislativas, não nos consuma inapelávelmente, mas possamos ultrapassá-las para o bem da Nação são- tomense e de todos nós", sublinhou.

No seu discurso, Fradique de Menezes felicitou o governo cessante da ex-primeira-ministra Maria do Carmo Silveira, tendo afirmado: "Julgo que a Nação poderá contar convosco, noutros momentos ou lugares em que forem chamados".

De Menezes prometeu trabalhar conjuntamente com o novo executivo de Tomé Vera Cruz tendo-o desafiado para "outros combates políticos que já perfilam no horizonte", nomeadamente, as presidenciais do próximo Verão, bem como as eleições autárquicas e regionais.

A posse do Governo de Tomé Vera Cruz ocorreu 72 horas depois do Tribunal Constitucional ter proclamado a coligação MDFM-PCD vencedora das legislativas, com uma maioria simples de 23 dos 55 lugares do parlamento de São Tomé e Príncipe.

O segundo partido mais votado foi o Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe - Partido Social Democrata, MLSTP-PSD, que estava no poder, que conquistou 20 deputados, seguido da Acção Democrática Independente, ADI, com 11 Lugares, e depois o Movimento Novo Rumo com um único representante parlamentar.