Brasil. Presidente de Tribunal Eleitoral apela a eleitores para não cederem à desinformação

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) brasileiro apelou aos eleitores para não cederem à desinformação, quando faltam cerca de dois meses para as eleições presidenciais no país.

Lusa /
Fachin alerta para os ataques que estão a ser lançados no Brasil contra o voto eletrónico D.R.-TSE

"Não ceda aos discursos que apenas querem espalhar notícias falsas e violência. O Brasil é maior que a intolerância e a violência. As brasileiras e os brasileiros são maiores do que a intolerância e a violência", afirmou Edson Fachin.

Na sessão de abertura do segundo semestre forense de 2022 na Justiça Eleitoral, Fachin voltou a garantir que as autoridades vão garantir liberdade do voto, a transparência e a segurança das urnas eletrónicas, que têm sido alvo de ataques infundados por parte do presidente brasileiro, Jair Bolsonaro.

"Desqualificar a segurança das urnas eletrónicas tem um único objetivo: tirar dos brasileiros a certeza de que seu voto é válido e sua vontade foi respeitada", frisou.

Sem mencionar o nome de Jair Bolsonaro, deixou ainda um recado: "Quem vocifera não aceitar resultado diverso da vitória não está defendendo a auditoria das urnas eletrónicas e do processo de votação, está defendendo apenas o interesse próprio de não ser responsabilizado pelas inerentes condutas ou pela inaptidão de ser votado pela maioria da população brasileira".

Bolsonaro, que segundo as sondagens encontra-se atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, reuniu recentemente embaixadores de cerca de 40 países para apresentar as alegadas "falhas" no sistema eleitoral brasileiro.

O chefe de Estado brasileiro está há vários meses em guerra aberta com o TSE e, mais precisamente, com o seu presidente.

Nos últimos meses, tem havido um crescimento de vozes de analistas, de instituições e organizações que procuram chamar a atenção para o facto de Jair Bolsonaro estar a inflamar a base de apoio e a criar bases para "uma invasão do Capitólio", como aconteceu nos Estados Unidos.

 

 

Tópicos
PUB