O presidente do Chile afirmou que o país está "em guerra" contra os "criminosos" responsáveis pelos protestos violentos que causaram vítimas mortais e que levaram o Governo a decretar o estado de emergência na capital.
O Presidente disse entender que os cidadãos se manifestem sobre aquilo que os preocupa, mas classificou de "verdadeiros criminosos" os responsáveis pelos incêndios, barricadas e pilhagens.
Cinco pessoas morreram no domingo no incêndio de uma fábrica de confeção de vestuário alvo de pilhagens no norte de Santiago, elevando para sete o número de mortos desde o início dos violentos protestos no Chile.
As manifestações decorrem desde sexta-feira em protesto contra um aumento (entre 800 e 830 pesos, cerca de 1,04 euros) do preço dos bilhetes de metro em Santiago, que possui a rede mais longa (140 quilómetros) e mais moderna da América do sul, e que transporta diariamente cerca de três milhões de passageiros.
Até agora, pelo menos sete pessoas já morreram.
O presidente Sebastián Pinera decretou o estado de emergência para 15 dias na capital, com sete milhões de habitantes. O estado de emergência foi entretanto alargado a cinco regiões do Chile.
O presidente recuou no sábado e suspendeu o aumento anunciado. Contudo, as manifestações e os confrontos prosseguiram, também devido à degradação das condições sociais e às desigualdades no país, onde as áreas da saúde e educação estão quase totalmente controladas pelo setor privado.
Segundo um balanço das autoridades, já foram detidas pelo menos 716 pessoas.