Presidente Nicolas Maduro foi o primeiro a votar no seu centro eleitoral

por Lusa

Caracas, 20 mai (Lusa) - O Presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, foi hoje o primeiro a votar no seu centro eleitoral, a oeste de Caracas, numa votação em que procura a reeleição e em que o grosso da oposição não participa por considerar o ato eleitoral fraudulento.

Nicolas Maduro deslocou-se à mesa de voto acompanhado pela sua mulher e por alguns membros do seu Executivo.

Nestas eleições, em que a principal coligação da oposição apelou à abstenção, serão também eleitos os membros dos conselhos legislativos das 23 entidades federais e dos 335 municípios.

As mesas de voto na Venezuela abriram à hora prevista, seis da manhã (11:00 em Lisboa), tendo a agência espanhola Efe constatado no local que as mesas de voto em Caracas e no interior do país já estão a receber os primeiros eleitores.

Foram instaladas 34.143 mesas eleitorais em 14 mil centros de votação, que vão encerrar pelas 18:00 locais (mais cinco horas em Lisboa), permanecendo abertos para lá da hora os que tenham eleitores à espera para votar.

Mais de 20,5 milhões de venezuelanos são chamados hoje às urnas para eleger o Presidente da República, que dirigirá a Venezuela até 2025.

O chefe de Estado, Nicolás Maduro, deverá ser reeleito. As eleições foram boicotadas pela generalidade da oposição - a Mesa de Unidade Democrática, principal coligação da oposição, apelou à abstenção - e consideradas fraudulentas por vários países.

Para além de Nicolás Maduro, concorrem outros três candidatos: Henri Falcón (dissidente do chavismo), o pastor evangélico Javier Bertucci e o engenheiro Reinaldo Quijada.

O processo eleitoral vai ser acompanhado por missões de observadores de Angola, Etiópia, Mali, Moçambique, Palestina, República Dominicana, Rússia, África do Sul e Suriname. No país encontra-se também o ex-presidente do governo espanhol José Luís Rodríguez Zapatero.

As fronteiras com a Colômbia, a Guiana e o Brasil foram encerradas na noite de sexta-feira e vão ser reabertas na noite de segunda-feira.

Trezentos mil oficiais das Forças Armadas Venezuelanas têm a missão de garantir a segurança do material eleitoral e dos centros de votação, ao abrigo da operação Plano República, na qual participa também o Ministério Público.

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