Primeiro-ministro em Chiang Mai "indefenidamente" por razões de segurança
Banguecoque, 28 Nov (Lusa) - O primeiro-ministro tailandês Somchai Wongsawat vai permanecer na cidade de Chiang Mai "indefenidamente" devido à tensão com os militares na capital do país, anunciou hoje um porta-voz governamental.
Quarta-feira, Somchai Wongsawat foi forçado a aterrar em Chiang Mai, quando regressava do estrangeiro, depois dos manifestantes anti-governamentais encabeçados pela Aliança do Povo para a Democracia (PAD) terem ocupado os dois aeroportos de Banguecoque.
Um dia depois, o líder do Governo decretou o Estado de Emergência no perímetro dos aeroportos, levantando-se a possibilidade de uma intervenção policial ou militar para resolver o problema, que o exército recusou prontamente.
O porta-voz do Executivo de Somchai declarou à agência France Presse que o líder do Governo vai permanecer em Chiang Mai "por razões de segurança", enquanto existir incerteza nas relações entre Governo e exército.
A cidade de Chiang Mai, no norte do país, é um dos bastiões do governo e está agora transformada no exílio do executivo, depois de vários ministros terem viajado para o local para participar numa reunião urgente.
O gabinete de Somchai recusa revelar detalhes da agenda do chefe do Governo e não há relatos deste ter sido visto na cidade, mesmo na sua residência local.
Somchai Wongsawat é cunhado de Thaksin Shinawatra, o antigo primeiro-ministro deposto por um golpe militar em 2006, na sequência de protestos semelhantes desencadeados por apoiantes do PAD, movimento ligado ao antigo poder de Banguecoque que integra empresários e militares.
JCS.