Produção industrial de ouro em Angola arranca até 2017
Luanda, 04 set (Lusa) - A produção industrial de ouro em Angola, atualmente com projetos em fase de prospeção, arranca até 2017, avançou hoje à agência Lusa o ministro da Geologia e Minas, Francisco Queiroz.
Nesta altura estão em curso prospeções no Chipindo e Mpopo, além da previsão do "grande projeto integrado de Kassinga e Kassala Kitungo", sendo as províncias da Huíla e do Huambo alvo do maior interesse.
"Os dois projetos [mais avançados] poderão estar na fase de industrialização, com mais segurança, a partir de 2017", disse à Lusa o governante, à margem do III Conselho Consultivo do Ministério da Geologia e Minas, que termina hoje em Luanda.
De acordo Francisco Queiroz, o levantamento geológico-mineiro que está em curso em todo o país vai também permitir obter "muita informação" sobre localização potencial de ouro em Angola.
"O ouro será seguramente um dos minerais que vai surgir no mapa geológico de Angola, entre outros", apontou, admitindo que o país tem o objetivo de se tornar num dos "principais" produtores no continente africano.
A extração já acontece na província de Cabinda, mas de forma artesanal e por vezes ilegal, o que levou à abertura, por parte daquele ministério, de algumas lojas para a "captação" desse ouro.
A aposta neste subsetor mineiro motivou a criação, em maio, da Agência Reguladora do Mercado do Ouro de Angola.
"Uma vez que se trata de um mineral estratégico, não podemos deixar que seja comercializado sem regras", afirma Francisco Queiroz. De acordo com o ministro, caberá à agência garantir os interesses dos produtores e do Estado.
"Esta agência exercerá um papel regulador de toda a atividade de comercialização, trânsito, armazenamento e exportação de ouro, garantindo a segurança das transações, a certificação da origem e a prevenção do uso fraudulento das receitas do ouro para fins criminosos", assegurou.