Proibida comercialização de armas de fogo na Venezuela a partir de 01 de junho

Caracas, 25 mai (Lusa) - O governo venezuelano anunciou na quinta-feira que vai proibir, a partir de 01 de junho, a comercialização de armas de fogo no país.

Lusa /

A medida, segundo o ministro do Interior e Justiça, Tareck El Aissami, faz parte das políticas de segurança pública.

O anúncio teve lugar durante uma reunião da Comissão Presidencial para o Controlo de Armas, Munições e Desarmamento, criado em maio de 2011 por decisão do presidente da República, Hugo Chávez.

"Afirmamos, claramente, que mais de 90 por cento dos homicídios que ocorrem na Venezuela são produto de armas de fogo e isso obriga-nos a adotar medidas para abordar de maneira radical este tema", disse.

O mesmo responsável explicou ainda que novas medidas foram publicadas na Gazeta Oficial, que passam pela proibição de porte de armas de fogo e munições em todos os estabelecimentos, comércios, instalações desportivas, praças e espaços onde se realizem espetáculos públicos.

Também em espaços limítrofes com obras civis públicas ou privadas, em sítios onde se vendem e consomem bebidas alcoólicas, bares, restaurantes, clubes noturnos, entre outros.

De acordo com Tareck El Aissami, as polícias são responsáveis por garantir o cumprimento da proibição e as armas de fogo e munições a serem usadas pelos organismos de segurança que "deverão ser adquiridas através do Ministério do Interior e Justiça", sendo necessária uma licença.

"Teremos pela primeira vez munições marcadas e com número de série para cada organismo da polícia, por parte da empresa fabricante. O primeiro organismo de segurança a implementar a medida será a Polícia Nacional", frisou.

O anúncio da proibição de venda de armas de fogo no país tem lugar dois dias depois de o presidente Hugo Chávez anunciar o lançamento, no próximo mês, da nova "Missão a Toda Vida Venezuela", um programa governamental para combater a elevada insegurança no país.

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