Mundo
Especial América 2008
Propostas de política fiscal são armas da caravana de McCain na Florida
O candidato republicano à Casa Branca multiplica as acções de campanha no Estado da Florida, palco de uma derradeira ofensiva contra a vantagem persistente do democrata Barack Obama nas sondagens. John McCain insiste agora no tema da política fiscal para atacar o senador afro-americano do Illinois, que fez uma pausa de 24 horas na contenda para visitar uma avó doente.
A apenas 12 dias da eleição presidencial, o veterano senador do Arizona vê-se obrigado a defender Estados de cores republicanas em escrutínios anteriores.
A última sondagem do instituto Gallup sobre as intenções de voto dos eleitores recenseados mantém Barack Obama na dianteira com um resultado de 50 por cento contra 43 por cento de John McCain.
Nas contas da Florida, terreno averbado pelo Partido Republicano nas eleições de 2000 e 2004, as sondagens dão uma vantagem reduzida ao candidato democrata – a mais recente, produzida pela Universidade de Quinnipiac, coloca Obama à frente de McCain com 49 por cento dos votos contra 44 por cento, o que revela uma quebra face à vantagem de oito pontos percentuais que era atribuída há duas semanas ao nomeado presidencial do Partido Democrático.
À agressiva campanha mediática empreendida pelo campo democrata na Florida – o orçamento do ticket Obama-Biden para aquele Estado é quatro vezes maior do que a verba da candidatura McCain-Palin -, o candidato republicano respondeu hoje com uma maratona de acções de campanha no corredor da auto-estrada Interstate 4, um percurso de 12 condados de importância capital em matéria de participação eleitoral.
”Joe, o canalizador”
Em território da Florida, McCain volta a evocar a figura de “Joe, o canalizador”, uma das cartadas jogadas na arena dos debates televisivos.
O senador republicano insiste em capitalizar os comentários de Obama ao canalizador do Ohio Joe Wurzelbacher - o candidato democrata argumentou que um aumento da carga fiscal sobre os detentores de rendimentos superiores a 250 mil dólares por ano permitiria a Washington “espalhar a riqueza”.
A ideia da redistribuição de lucros está no centro da ofensiva republicana: McCain procura convencer os eleitores de que as propostas do adversário teriam efeitos nefastos nas pequenas e médias empresas, responsáveis pela criação de muitos postos de trabalho nos Estados Unidos.
“Ele está mais preocupado em usar impostos para espalhar a riqueza do que em criar um plano fiscal que crie empregos e faça crescer a nossa economia”, afirmou o veterano do Vietname em Ormond Beach. Entre os apoiantes da sua candidatura, sobressaíam camisolas alusivas a “Joe, o canalizador”.
“Sarah Palin e eu não vamos aumentar os vossos impostos, meus amigos. Queremos que ganhem prosperidade”, prometeu McCain.
Defesa de Sarah Palin
Uma história publicada quarta-feira no site “Politico” veio minar ainda mais o terreno da candidata republicana à vice-presidência, Sarah Palin.
O site revelou que o Comité Nacional Republicano já gastou 150 mil dólares no guarda-roupa da governadora do Alasca, um golpe a somar aos danos de imagem gerados pelo desempenho da número dois de McCain num par de entrevistas televisivas.
Uma vez mais, o candidato republicano à sucessão de George W. Bush viu-se forçado a sair em defesa da sua escolha para a vice-presidência: “Estou muito orgulhoso de Sarah Palin e daquilo que ela representa, a reforma, a família e todas as coisas que valorizamos. Estou muito orgulhoso dela e sei que vocês também estão”.
Campanha de Obama trava engrenagem
O candidato democrata suspendeu esta quinta-feira a sua campanha para se deslocar ao Hawai e visitar a avó, Madelyn Dunham, que se encontra doente.

“Quero assegurar-me de que não cometo o mesmo erro duas vezes”, disse Obama em entrevista à estação CBS, numa alusão à sua mãe, que morreu de cancro aos 53 anos. O senador não pôde, então, visitar a mãe no leito de morte.
“A minha mãe criou-me sozinha com a ajuda dos meus avós. E a minha avó, o meu avô e a minha mãe são as pessoas que tomaram conta de mim durante a minha infância. A minha avó é a única que resta. Ela é verdadeiramente o pilar da família, a força e a disciplina que tenho provêm dela”, afirmou.
Questionado sobre o risco de suspender a campanha nesta fase, o candidato democrata respondeu: “Creio que as pessoas compreendem que, se não tomamos conta da nossa família, então não somos certamente o tipo de pessoa que tomará conta dos outros”.
Apesar da pausa, Barack Obama não hesitou em disparar novas críticas contra a “campanha negativa” do adversário republicano, ilustrada com os exemplos das acusações do suposto “socialismo” do ticket democrata e das alegadas relações com círculos extremistas.
A última sondagem do instituto Gallup sobre as intenções de voto dos eleitores recenseados mantém Barack Obama na dianteira com um resultado de 50 por cento contra 43 por cento de John McCain.
Nas contas da Florida, terreno averbado pelo Partido Republicano nas eleições de 2000 e 2004, as sondagens dão uma vantagem reduzida ao candidato democrata – a mais recente, produzida pela Universidade de Quinnipiac, coloca Obama à frente de McCain com 49 por cento dos votos contra 44 por cento, o que revela uma quebra face à vantagem de oito pontos percentuais que era atribuída há duas semanas ao nomeado presidencial do Partido Democrático.
À agressiva campanha mediática empreendida pelo campo democrata na Florida – o orçamento do ticket Obama-Biden para aquele Estado é quatro vezes maior do que a verba da candidatura McCain-Palin -, o candidato republicano respondeu hoje com uma maratona de acções de campanha no corredor da auto-estrada Interstate 4, um percurso de 12 condados de importância capital em matéria de participação eleitoral.
”Joe, o canalizador”
Em território da Florida, McCain volta a evocar a figura de “Joe, o canalizador”, uma das cartadas jogadas na arena dos debates televisivos.
O senador republicano insiste em capitalizar os comentários de Obama ao canalizador do Ohio Joe Wurzelbacher - o candidato democrata argumentou que um aumento da carga fiscal sobre os detentores de rendimentos superiores a 250 mil dólares por ano permitiria a Washington “espalhar a riqueza”.
A ideia da redistribuição de lucros está no centro da ofensiva republicana: McCain procura convencer os eleitores de que as propostas do adversário teriam efeitos nefastos nas pequenas e médias empresas, responsáveis pela criação de muitos postos de trabalho nos Estados Unidos.
“Ele está mais preocupado em usar impostos para espalhar a riqueza do que em criar um plano fiscal que crie empregos e faça crescer a nossa economia”, afirmou o veterano do Vietname em Ormond Beach. Entre os apoiantes da sua candidatura, sobressaíam camisolas alusivas a “Joe, o canalizador”.
“Sarah Palin e eu não vamos aumentar os vossos impostos, meus amigos. Queremos que ganhem prosperidade”, prometeu McCain.
Defesa de Sarah Palin
Uma história publicada quarta-feira no site “Politico” veio minar ainda mais o terreno da candidata republicana à vice-presidência, Sarah Palin.
O site revelou que o Comité Nacional Republicano já gastou 150 mil dólares no guarda-roupa da governadora do Alasca, um golpe a somar aos danos de imagem gerados pelo desempenho da número dois de McCain num par de entrevistas televisivas.
Uma vez mais, o candidato republicano à sucessão de George W. Bush viu-se forçado a sair em defesa da sua escolha para a vice-presidência: “Estou muito orgulhoso de Sarah Palin e daquilo que ela representa, a reforma, a família e todas as coisas que valorizamos. Estou muito orgulhoso dela e sei que vocês também estão”.
Campanha de Obama trava engrenagem
O candidato democrata suspendeu esta quinta-feira a sua campanha para se deslocar ao Hawai e visitar a avó, Madelyn Dunham, que se encontra doente.

“Quero assegurar-me de que não cometo o mesmo erro duas vezes”, disse Obama em entrevista à estação CBS, numa alusão à sua mãe, que morreu de cancro aos 53 anos. O senador não pôde, então, visitar a mãe no leito de morte.
“A minha mãe criou-me sozinha com a ajuda dos meus avós. E a minha avó, o meu avô e a minha mãe são as pessoas que tomaram conta de mim durante a minha infância. A minha avó é a única que resta. Ela é verdadeiramente o pilar da família, a força e a disciplina que tenho provêm dela”, afirmou.
Questionado sobre o risco de suspender a campanha nesta fase, o candidato democrata respondeu: “Creio que as pessoas compreendem que, se não tomamos conta da nossa família, então não somos certamente o tipo de pessoa que tomará conta dos outros”.
Apesar da pausa, Barack Obama não hesitou em disparar novas críticas contra a “campanha negativa” do adversário republicano, ilustrada com os exemplos das acusações do suposto “socialismo” do ticket democrata e das alegadas relações com círculos extremistas.