Putin diz que Rússia e Ucrânia são "um só povo" e admite assumir o controlo de Sumy
O presidente russo defendeu esta sexta-feira que os russos e ucranianos são "só um povo" e que, "nesse sentido, toda a Ucrânia é nossa". Vladimir Putin garantiu que não está à procura de uma capitulação total de Kiev, mas não descarta a possibilidade de assumir o controlo da cidade de Sumy.
Num discurso em São Petersburgo no contexto do Fórum Económico Internacional, o presidente russo afirmou que o país nunca duvidou do direito da Ucrânia à sua soberania, mas sublinhou que Kiev declarou a sua independência em 1991 como um “estado não alinhado, não nuclear e neutro”.
“Os russos e os ucranianos são um só povo, nesse sentido toda a Ucrânia é nossa”, afirmou o presidente russo.
Questionado sobre as intenções da Rússia no contexto da guerra com a Ucrânia, Vladimir Putin lembrou uma “parábola” russa e argumentou que está a combater no país vizinho pela sua própria segurança: “O que o pé de um soldado russo pisar, é nosso”, vincou.
"Não procuramos a capitulação da Ucrânia. Insistimos apenas no reconhecimento da realidade que se desenvolveu no terreno", acrescentou.
Putin admitiu ainda que as forças russas estão a criar uma “zona tampão” na região de Sumy, para proteger território russo e não descarta que essas mesmas tropas assumam o controlo da capital da região com o mesmo nome, Sumy.
Depois da anexação da Crimeia, em 2014, a Rússia reivindicou as regiões de Luhansk, Donetsk, Zaporizhia e Kherson como parte do território russo.
A região de Sumy faz fronteira com Kharkiv e também com o território russo. A capital desta região fica a cerca de 500 quilómetros de Kiev.
“Os russos e os ucranianos são um só povo, nesse sentido toda a Ucrânia é nossa”, afirmou o presidente russo.
Questionado sobre as intenções da Rússia no contexto da guerra com a Ucrânia, Vladimir Putin lembrou uma “parábola” russa e argumentou que está a combater no país vizinho pela sua própria segurança: “O que o pé de um soldado russo pisar, é nosso”, vincou.
"Não procuramos a capitulação da Ucrânia. Insistimos apenas no reconhecimento da realidade que se desenvolveu no terreno", acrescentou.
Putin admitiu ainda que as forças russas estão a criar uma “zona tampão” na região de Sumy, para proteger território russo e não descarta que essas mesmas tropas assumam o controlo da capital da região com o mesmo nome, Sumy.
Depois da anexação da Crimeia, em 2014, a Rússia reivindicou as regiões de Luhansk, Donetsk, Zaporizhia e Kherson como parte do território russo.
A região de Sumy faz fronteira com Kharkiv e também com o território russo. A capital desta região fica a cerca de 500 quilómetros de Kiev.
A anexação de regiões ucranianas pela Rússia, assim como a ideia de que russos e ucranianos são um só povo, têm sido amplamente rejeitadas pela liderança ucraniana, sobretudo desde a invasão russa, em fevereiro de 2022.
Terceira Guerra Mundial? "Está mesmo debaixo dos nossos narizes"
Vladimir Putin deixou ainda um aviso à Ucrânia em caso de utilização de "bombas sujas", com material radioativo.
"Isso seria um erro colossal, talvez o último erro que cometeriam. Respondemos sempre a todas as ameaças que nos são feitas de forma recíproca. Por isso, a nossa resposta seria muito provavelmente catastrófica para o regime e para a própria Ucrânia. Espero que nunca cheguemos a esse ponto", afirmou Vladimir Putin.
"Isso seria um erro colossal, talvez o último erro que cometeriam. Respondemos sempre a todas as ameaças que nos são feitas de forma recíproca. Por isso, a nossa resposta seria muito provavelmente catastrófica para o regime e para a própria Ucrânia. Espero que nunca cheguemos a esse ponto", afirmou Vladimir Putin.
Questionado sobre a situação no Médio Oriente e os conflitos em curso, o presidente russo afirmou estar preocupado numa eventual escalada que resulte numa Terceira Guerra Mundial. Para além da própria guerra entre Rússia e Ucrânia, Vladimir Putin mencionou também o conflito entre Irão e Israel e assumiu a preocupação sobretudo com os ataques em curso contra instalações nucleares iranianas que contam com apoio de especialistas russos.
"É perturbador. Estou a falar sem ironia, sem piadas. É claro que há um grande potencial de conflito, está a crescer, está mesmo debaixo dos nossos narizes e afeta-nos diretamente", disse Putin.
O líder russo considerou que os acontecimentos em curso requerem a atenção de todos mas também uma "procura de soluções, de preferência por meios pacíficos".
(com agências internacional)