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Putin visita Kursk pela primeira vez desde que a Rússia recapturou a região

por Cristina Sambado - RTP
Putin visitou a central nuclear de Kursk, que está em construção Kremlin.ru/Handout via Reuters

O presidente russo, Vladimir Putin, visitou Kursk pela primeira vez desde que Moscovo declarou ter reconquistado completamente a região, após uma incursão surpresa das forças ucranianas, no ano passado.

Putin encontrou-se com os líderes da cidade de Kurchatov e visitou a central nuclear de Kursk, que está atualmente em construção, revelou o Kremlin, segundo a agência de notícias TASS.

Imagens de vídeo publicadas pelos meios de comunicação social estatais russos mostram Putin a falar co
Putin também ordenou um aumento do número de unidades de desminagem em Kursk para que os residentes deslocados possam regressar a casa, avançou a RIA Novosti.m o que pareciam ser voluntários locais.

Segundo a agência noticiosa RIA Novosti, Putin afirmou que as forças ucranianas continuam a tentar avançar em direção à fronteira russa.

A Rússia declarou no final de abril que tinha expulsado as tropas ucranianas da região de Kursk, pondo fim à maior incursão em território russo desde a Segunda Guerra Mundial.

Pouco mais de dois anos após a invasão russa de 2022, a Ucrânia lançou, a 6 de agosto, o seu ataque mais ousado, atravessando a fronteira russa na região de Kursk, apoiada por enxames de drones e armamento pesado ocidental.No seu auge, as forças ucranianas reivindicaram quase 1.400 quilómetros quadrados de Kursk.

Desde então, a Rússia, com o apoio de soldados norte-coreanos, tem lutado para expulsar as forças ucranianas do seu território, enquanto Kiev investiu recursos preciosos para manter o seu território na região, com o objetivo de o utilizar como moeda de troca em quaisquer conversações de paz.

De acordo com as autoridades russas, pelo menos 288 civis foram mortos durante a ofensiva ucraniana na região de Kursk.

Putin afirmou, no mês passado, que as forças russas tinham recapturado Kursk e disse que soldados norte-coreanos participaram nos combates para recuperar território na região.
Kiev tem insistido que as suas tropas estão a lutar ferozmente para preservar a sua posição no território. Na semana passada, a Ucrânia afirmou que continua a travar a guerra terrestre no interior da Rússia.

“Continuamos as nossas operações ativas nas regiões de Kursk e Belgorod - estamos a defender proativamente as áreas fronteiriças da Ucrânia”, disse o presidente Zelensky no discurso noturno da passada quarta-feira.
Nova troca de drones
Moscovo e Kiev acusaram-se mutuamente de lançar ataques com drones durante a noite desta quarta-feira.

Kiev afirmou ter destruído 63 dos 76 drones de longo alcance que a Rússia utilizou para atacar território ucraniano na noite passada. Já o Ministério da Defesa da Rússia revelou que 127 drones ucranianos foram inicialmente abatidos após uma tentativa de ataque às regiões de fronteira russas de Bryansk e Kursk, bem como Moscovo, seguidos de outros 32.Os militares ucranianos enviam regularmente drones contra a Rússia, em resposta aos ataques russos que diariamente têm como alvo o seu nos últimos três anos.

De acordo com as forças ucranianas, os drones atingiram uma fábrica de dispositivos semicondutores na região russa de Oryol, que abastece várias empresas, incluindo algumas envolvidas na produção de mísseis Iskander e Kinzha.

Na terça-feira, um ataque com mísseis russos a um campo de tiro militar ucraniano matou seis militares e feriu pelo menos mais dez.

Segundo o Ministério russo da Defesa, o ataque ocorreu no campo de treino na região de Sumy, no nordeste da Ucrânia.

Durante mais de três anos de invasão total da Rússia, as forças de Moscovo infligiram baixas em ataques a instituições de ensino militar ucranianas e em várias reuniões formais ao ar livre.

c/ agências
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