Quase 30 mortos em série de atentados contra xiitas em Bagdad
Quase 30 pessoas morreram hoje e dezenas ficaram feridas numa série de atentados suicidas cometidos em Bagdad contra duas mesquitas e uma procissão de fiéis xiita, informaram a polícia e testemunhas.
No primeiro atentado, o bombista suicida entrou no vestíbulo da mesquita de Al-Khadimain, no bairro Dora, onde centenas de xiitas faziam as suas orações, e fez detonar os explosivos que transportava, segundo uma testemunha, Hussein Rahim Qassim.
Fontes hospitalares cifraram o número de mortos em 15, enquanto fonte da morgue, citada pela AFP, contou 17. Um elemento dos serviços de socorro informou ter tratado 25 feridos.
Minutos depois, noutro bairro da capital, uma bomba explodiu na mesquita de Al-Bayaa.
Segundo a polícia, dois bombistas suicidas aproximaram-se da multidão que enchia a mesquita, mas foram detectados pelos guardas da mesquita que abriram fogo sobre os suspeitos. Um deles conseguiu accionar os explosivos antes de ser morto.
Pelo menos dez pessoas, segundo algumas agências, ou duas, segundo outras, morreram. Quinze pessoas ficaram feridas.
Quando passava menos de uma hora dos dois atentados quase simultâneos, um bombista suicida misturou-se entre os participantes numa procissão xiita e accionou os explosivos que levava no corpo, matando duas pessoas e ferindo oito, segundo a polícia.
Num quarto atentado, meia hora mais tarde, um foguete caiu junto de um café, próximo de uma mesquita e de uma esquadra da polícia, no bairro de maioria xiita de Chula, também na capital.
Fontes hospitalares e policiais informaram que duas ou três pessoas morreram neste ataque, entre as quais uma criança de aproximadamente dez anos, e cinco ficaram feridas.
Os xiitas acorreram hoje às mesquitas para comemorar a véspera da Achura, o décimo dia do mês sagrado de Muharram e o dia mais santo do ano para os xiitas.
Os atentados de hoje trouxeram à memória de muitos habitantes de Bagdad o dia da Achura do ano passado, quando uma violenta série de ataques em mesquitas de Bagdad e de Karbala mataram mais de 170 pessoas.
A Achura assinala a morte do imã Hussein, neto do profeta Maomé, numa batalha pela liderança do mundo islâmico que remonta ao século VII.
Os ataques de hoje não foram reivindicados até ao momento, mas os iraquianos responsabilizam a resistência sunita.