Mundo
Guerra no Médio Oriente
Quase mortos de fome. Israel mata a tiro palestinianos à espera de comida
O Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas conta que, assim que uma coluna de 25 camiões com ajuda humanitária passaram por todos os postos de controlos para entrar no norte da Faixa de Gaza, "encontrou multidões de civis famintos que foram alvo de tiros".
As Forças de Defesa de Israel (IDF) afirmam ter "disparado tiros de advertência" para afastar "uma ameaça imediata", no domingo.
Por outro lado, o Ministério da Saúde do território, administrado pelo Hamas, conta pelo menos 67 pessoas mortas. Sem entrar nesta guerra de números de mortos, o Programa Alimentar condenou a violência contra os civis como "completamente inaceitável".
No comunicado que partilhou na rede social X, esta agência da ONU denuncia que "90 mil crianças e mulheres precisam urgentemente de tratamento” por causa da desnutrição.
WFP Statement | #Gaza
— World Food Programme (@WFP) July 20, 2025
On the morning of 20 July, a 25 truck WFP convoy carrying vital food assistance crossed the Zikim border point destined for starving communities in northern Gaza.
Shortly after passing the final checkpoint beyond the Zikim crossing point into Gaza, the… pic.twitter.com/o8dgXhc1sf
No domingo, o Ministério da Saúde registou 18 mortes "devido à fome" em 24 horas. Muitas das vítimas do norte de Gaza foram levadas para o hospital Shifa, na cidade de Gaza. O diretor do hospital disse à BBC que o hospital está "sobrecarregado".
Do lado de fora do hospital, uma mulher, também à BBC, denuncia que "toda a população está a morrer". "Crianças estão a morrer de fome porque não têm o que comer. As pessoas sobrevivem com água e sal... apenas água e sal", disse esta palestiniana.
À AFP um civil palestiniano tentou pegar um saco de farinha, mas "os tanques disparavam aleatoriamente contra nós. Parecia que os israelitas disparavam como se estivessem a caçar animais numa floresta".