Ramos-Horta recorda "extraordinário percurso político" de Pinto Balsemão

O Presidente de Timor-Leste, José Ramos-Horta, disse hoje que Francisco Pinto Balsemão deve ser recordado pelo extraordinário percurso político e pela defesa intransigente da liberdade de imprensa.

Lusa /
Reuters

"O Senhor Francisco Pinto Balsemão será recordado não apenas pelo seu extraordinário percurso político e pelo seu papel determinante na consolidação da democracia em Portugal, mas também pela sua liderança visionária no setor da comunicação social, pela defesa intransigente da liberdade de imprensa e pela contribuição académica e cultural que marcou várias gerações", afirma o também Prémio Nobel da Paz numa mensagem enviada às autoridades portuguesas.

Na carta, o chefe de Estado timorense disse esperar também que a "memória de Francisco Pinto Balsemão continue a ser uma fonte de inspiração para todos os que prezam a liberdade, a democracia e o serviço público.

"Que o seu legado continue a influenciar positivamente as gerações vindouras", acrescenta.

O antigo primeiro-ministro Francisco Pinto Balsemão, fundador e militante número um do PSD, do qual também foi presidente, morreu na terça-feira, aos 88 anos.

Francisco Pinto Balsemão presidia ao grupo de comunicação social Impresa, do qual fazem parte o Expresso, que fundou ainda durante a ditadura, em 1973, e a SIC, primeira televisão privada em Portugal, criada em 1992.

Em 1974, após o 25 de Abril, fundou, com Francisco Sá Carneiro e Magalhães Mota, o Partido Popular Democrático (PPD), mais tarde Partido Social Democrata (PSD).

Após a morte de Francisco Sá Carneiro, Balsemão assumiu a presidência do PSD, entre 1980 e 1983, e chefiou o VII e o VIII governos constitucionais, da AD, entre 1981 e 1983.

Era membro do Conselho de Estado, órgão político de consulta do Presidente da República.

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