Mundo
Rebeldes do Sudão acusados de usar hospital como centro militar
As Forças de Apoio Rápido terão convertido o Hospital de Al-Nuhud, em Cordofão do Norte, no Sudão, num centro de comando militar. A denúncia é da Rede de Médicos do Sudão, que adianta que a situação verifica-se desde a tomada da cidade pelas RSF em maio.
Em comunicado emitido na rede social Facebook, a Rede de Médicos do Sudão acusa as RSF de “perseguição” de pessoal médico, sob o pretexto de serem alegados membros das Forças Armadas Sudanesas – que as RSF combatem -, o que já obrigou à fuga de muitos médicos.
“Este uso militar da unidade de saúde constitui uma violação flagrante da santidade das instituições médicas e mina o direito dos civis de receberem tratamento”, lamenta a Rede de Médicos do Sudão, que também demonstra preocupação sobre as crescentes dificuldades do acesso à saúde, nomeadamente através “imposição de taxas para tratamento, a suspensão da imunização e programas de saúde primário, e a alocação de todo o departamento de emergência para pessoal das RSF”.A Rede acusa ainda as Forças de Apoio Rápido de “contrariar as leis e normas internacionais” e apela à expulsão das RSF do hospital.
A Guerra Civil Sudanesa é considerada uma das maiores crises humanitárias do mundo, com o conflito entre as Forças Armadas Sudanesas e as Forças de Apoio Rápido a durar desde abril de 2023.
Enquanto o exército controla a parte oriental e norte do país, as RSF controlam a parte ocidental e sul, tendo a guerra já provocado mais de 150 mil mortos e 12 milhões de refugiados, juntamente com milhares de relatos de crimes de guerra.
O episódio mais recente foi a capitulação de El-Fasher para as RSF, em outubro, após a qual têm sido relatados inúmeros massacres, que já causaram mais de 2.500 mortos.A Human Rights Watch admite a possibilidade de haver um genocídio em curso, com massacres dirigidos contra a população massalit e outras comunidades não-árabes, por parte das RSF.
O conflito começou devido a uma luta de poder entre as Forças Armadas e as RSF, unidas após o golpe de Estado que depôs o presidente Abdel Fattah al-Burhan, em 2021.
Já foram apresentadas várias propostas de cessar-fogo. A mais recente, apresentada na segunda-feira pelos Estados Unidos, Emirados Árabes Unidos, Egito e Arábia Saudita, foi aceite pelas RSF, mas rejeitada pelo exército sudanês, por considerar que “elimina as Forças Armadas, dissolve agências de segurança e mantem a milícia onde eles estão”.
“Este uso militar da unidade de saúde constitui uma violação flagrante da santidade das instituições médicas e mina o direito dos civis de receberem tratamento”, lamenta a Rede de Médicos do Sudão, que também demonstra preocupação sobre as crescentes dificuldades do acesso à saúde, nomeadamente através “imposição de taxas para tratamento, a suspensão da imunização e programas de saúde primário, e a alocação de todo o departamento de emergência para pessoal das RSF”.A Rede acusa ainda as Forças de Apoio Rápido de “contrariar as leis e normas internacionais” e apela à expulsão das RSF do hospital.
A Guerra Civil Sudanesa é considerada uma das maiores crises humanitárias do mundo, com o conflito entre as Forças Armadas Sudanesas e as Forças de Apoio Rápido a durar desde abril de 2023.
Enquanto o exército controla a parte oriental e norte do país, as RSF controlam a parte ocidental e sul, tendo a guerra já provocado mais de 150 mil mortos e 12 milhões de refugiados, juntamente com milhares de relatos de crimes de guerra.
O episódio mais recente foi a capitulação de El-Fasher para as RSF, em outubro, após a qual têm sido relatados inúmeros massacres, que já causaram mais de 2.500 mortos.A Human Rights Watch admite a possibilidade de haver um genocídio em curso, com massacres dirigidos contra a população massalit e outras comunidades não-árabes, por parte das RSF.
O conflito começou devido a uma luta de poder entre as Forças Armadas e as RSF, unidas após o golpe de Estado que depôs o presidente Abdel Fattah al-Burhan, em 2021.
Já foram apresentadas várias propostas de cessar-fogo. A mais recente, apresentada na segunda-feira pelos Estados Unidos, Emirados Árabes Unidos, Egito e Arábia Saudita, foi aceite pelas RSF, mas rejeitada pelo exército sudanês, por considerar que “elimina as Forças Armadas, dissolve agências de segurança e mantem a milícia onde eles estão”.