Com o apoio da artilharia turca e da aviação da coligação internacional, os rebeldes sírios voltaram a controlar Dabiq. Uma cidade com grande valor religioso para o Estado Islâmico.
A pequena cidade do norte da Síria tem uma grande importância simbólica para o Daesh, devido a uma profecia que considera ser aquele o local onde vai ter lugar a batalha apocalíptica antes do fim do mundo entre muçulmanos e não muçulmanos.
O comandante do grupo rebelde disse à agência de notícias Reuters que na manhã deste domingo também tinham recapturado a aldeia vizinha de Soran.
O editor de assuntos árabes da BBC, Sebastian Usher, considerou que a reconquista de Dabiq, “estrategicamente, não é um grande prémio”, mas tem uma importância moral já que a cidade é considerada um símbolo para o ISIS.
Segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, o autoproclamado Estado Islâmico tinha uma força de 1200 homens a defender Dabiq que retirou para a cidade de Al-Bab.
A ofensiva dos rebeldes sírios foi realizada com dois mil combatentes, apoiados pela artilharia do exército turco e pelos aviões da coligação internacional.
A cidade de Dabiq encontra-se a apenas dez quilómetros da fronteira com a Turquia. No passado mês de agosto, o exército turco entrou na Síria para “empurrar para trás todas as organizações terroristas”.
O Governo de Ancara considera o Rio Eufrates como uma linha vermelha que não pode ser ultrapassada, tanto pelos curdos como pelo Daesh.
Novas conversações
O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, esteve reunido no sábado com o ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Serguei Lavrov, e com representantes do Irão, Arábia Saudita e Turquia.
Deste encontro que decorreu em Lausanne, na Suíça, não resultou nenhum acordo de cessar-fogo, mas tanto os Estados Unidos como a Rússia falaram que houve “ideias” emergentes.