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Investigadores analisam caixas negras do avião do Chapecoense
Já foram recuperadas as duas caixas negras do avião que ontem caiu na Colômbia. As autoridades de aeronáutica civil do país revelaram que o equipamento está em perfeito estado.
Foto: Mauricio Dueñas Castañeda - EPA
A edição online do jornal Folha de São Paulo dá destaque ao relato de uma sobrevivente do desastre do avião que transportava a equipa de futebol do clube brasileiro Chapecoense.
Foi Luis Pérez, governador de Antioquia, o departamento que abrange a capital Medellín, quem revelou a conversa que manteve no hospital com a assistente de bordo Ximena Suárez: "O pouco que ela falou foi que começaram a apagar-se luzes repentinamente e que, 40 ou 50 segundos depois, sentiu o embate".
Uma das hipóteses encaradas como mais consistentes inclina-se para uma falha elétrica. Outra sugere falta de combustível, esta última consubstanciada por um piloto citado por estações televisivas da Colômbia.
O profissional conta que atrasou a aterragem do avião que pilotava a pedido da torre de controlo do aeroporto internacional José María Córdova, perto de Medellín, por causa de outras duas aeronaves em apuros: precisamente o Avro RJ85 da transportadora boliviana Lamia, que transportava a comitiva do Chapecoense, e um Airbus da Viva Colômbia.
O avião da equipa brasileira teria pedido para aterrar com brevidade devido ao escasso combustível.
Consternação em Chapecó
O aeroporto de Medellín adiantou que o avião declarou a emergência pelas 22h00 locais (3h00 de terça-feira em Lisboa), invocando "falhas técnicas".
Milhares de pessoas estiveram concentradas na catedral e no estádio de Chapecó - uma cidade de 200 mil habitantes no Estado de Santa Catarina, já perto da Argentina - para as vigílias pelas 71 vítimas mortais do desastre aéreo.
Alexandre Albuquerque - RTP
Sobreviveram seis dos 77 passageiros e tripulantes do aparelho, incluindo três jogadores do Chapecoense e um jornalista. O último balanço oficial confirma 71 mortos.