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Reforçada busca pelo submarino argentino ARA San Juan
Depois de no domingo terem sido detetadas comunicações por satélite que podem pertencer ao submarino desaparecido há cinco dias no mar da Argentina, esta segunda-feira estão a ser duplicados os esforços na procura do navio, através do reforço de mais elementos e meios aéreos.
“Triplicámos o esforço de procura pelo submarino, tanto em terra como debaixo de água, com dez aviões”, referiu o porta-voz da base naval da Argentina, Gabriel Galeazzi, ouvido pela CNN.
O submarino foi visto pela última vez na quarta-feira passada. Desde então as operações de busca pelo ARA San Juan ganharam dimensão internacional, como fez notar no Twitter o ministro da Defesa da Argentina, Oscar Aguad, ao agradecer a Chile, Brasil, Estados Unidos, Inglaterra, Colômbia, Uruguai e Peru pela procura do submarino, na sequência de um pedido de ajuda.
No total, com os países que estão a ajudar, são 11 os barcos que estão a colaborar na procura do San Juan.O porto de Mar Del Plata, na província de Buenos Aires, tornou-se um ponto de encontro entre pessoas que procuram informações e se juntam para aguardar novidades e rezar.
O ARA San Juan é um dos três submarinos que a Marinha argentina possui. Em 2014, foi finalizada uma revisão no navio para ampliar a vida útil por mais 30 anos.
Comunicação falhada
A Argentina detetou comunicações por satélite que, acreditam as autoridades, podem ser do submarino desaparecido há cinco dias.
Oscar Aguad informou que houve sete tentativas de comunicação em diferentes bases da marinha que totalizaram quatro minutos e 36 segundos, entre as 10h52 e 3h42 de sábado. O submarino foi visto pela última vez na quarta-feira no Golfo de São Jorge, a poucos quilómetros da Patagónia, a sul da Argentina.
O Governo argentino encontra-se a trabalhar em conjunto com uma empresa norte-americana especializada em comunicação por satélite para tentar apurar a localização exata do emissor que acredita ser do submarino.
Apesar de as chamadas virem da área que está a ser analisada, ainda não está confirmado que o sinal parta da tripulação.
William Craig Reed, ex-mergulhador e marinheiro dos Estados Unidos, disse à CNN que o submarino tem um dispositivo de emergência que permite enviar sinais. Ainda assim, até à data não há maneira de confirmar que algum sinal tenha sido enviado do submarino.
Peter Layton, convidado da Universidade de Griffith, na Austrália, explicou que o submarino deve viajar a cerca de 50 metros de profundidade e vir acima apenas uma vez a cada 24 horas para renovar o oxigénio, recarregar baterias e enviar sinais de rádio.
"Falha catastrófica"
William Craig Reed acredita que “a embarcação pode ter sofrido uma falha catastrófica” ou “poderá ter sido algo mais pequeno que fez com que ficassem à deriva ou no fundo do mar”.
Os marinheiros poderão aguentar no submarino durante 30 dias. Se estiverem debaixo de água, o cenário pode agravar-se, acrescentou o ex-mergulhador norte-americano.
O submarino em questão é movido a diesel, pelo que tem uma “vida limitada debaixo de água”. Com 44 marinheiros a bordo, o tempo está a esgotar-se.
Quanto às perspetivas de um possível resgate, tudo dependerá das condições do submarino e da localização.
Peter Layton explicou que, se o submarino se tiver afundado mas estiver intacto, os marinheiros têm cerca de uma semana a dez dias de oxigénio, mas que há outros fatores associados que tornam as previsões imprecisas, tais como a última vez que recarregaram as baterias, há quanto tempo refrescaram o ar e o que está dentro do navio.
O diretor de segurança internacional do Instituto Internacional de Polícia de Sydney, Euan Graham, referiu também à CNN que é difícil encontrar um submarino projetado para não ser encontrado. E que, quando isso acontece, é o barulho que o motor faz ou o sonar ativo que possibilitam encontrar o submarino.
Ainda assim, o sonar é efetivo quando o submarino está “entre o fundo do oceano e a superfície, mas neste caso poderá estar no fundo do oceano”, pelo que será mais conveniente a utilização de um “equipamento que mapeie o fundo”, explicou Peter Layton.
“Enviar um submarino para a área [em que o ARA San Juan desapareceu] para procurar não acrescentaria nada porque não têm a tecnologia ou os elementos necessários para procurar debaixo de água”, disse o capitão naval da Argentina Hector Alonso.
O submarino foi visto pela última vez na quarta-feira passada. Desde então as operações de busca pelo ARA San Juan ganharam dimensão internacional, como fez notar no Twitter o ministro da Defesa da Argentina, Oscar Aguad, ao agradecer a Chile, Brasil, Estados Unidos, Inglaterra, Colômbia, Uruguai e Peru pela procura do submarino, na sequência de um pedido de ajuda.
Gabriel Galeazzi explicou que os “barcos estão a seguir a rota que estava planeada pelo submarino, varrendo toda a área. Também temos barcos da marinha da zona norte ao sul e da zona sul ao norte”.Por disposición del Presidente desplegamos todas las unidades disponibles para localizar al submarino San Juan y aceptamos las ayudas internacionales para lograr restablecer el contacto. Estamos junto a las familias de la tripulación y las mantenemos informadas de la operación.
— Oscar Aguad (@OscarAguadCBA) 18 de novembro de 2017
No total, com os países que estão a ajudar, são 11 os barcos que estão a colaborar na procura do San Juan.O porto de Mar Del Plata, na província de Buenos Aires, tornou-se um ponto de encontro entre pessoas que procuram informações e se juntam para aguardar novidades e rezar.
O ARA San Juan é um dos três submarinos que a Marinha argentina possui. Em 2014, foi finalizada uma revisão no navio para ampliar a vida útil por mais 30 anos.
Comunicação falhada
A Argentina detetou comunicações por satélite que, acreditam as autoridades, podem ser do submarino desaparecido há cinco dias.
Oscar Aguad informou que houve sete tentativas de comunicação em diferentes bases da marinha que totalizaram quatro minutos e 36 segundos, entre as 10h52 e 3h42 de sábado. O submarino foi visto pela última vez na quarta-feira no Golfo de São Jorge, a poucos quilómetros da Patagónia, a sul da Argentina.
O Governo argentino encontra-se a trabalhar em conjunto com uma empresa norte-americana especializada em comunicação por satélite para tentar apurar a localização exata do emissor que acredita ser do submarino.
Apesar de as chamadas virem da área que está a ser analisada, ainda não está confirmado que o sinal parta da tripulação.
William Craig Reed, ex-mergulhador e marinheiro dos Estados Unidos, disse à CNN que o submarino tem um dispositivo de emergência que permite enviar sinais. Ainda assim, até à data não há maneira de confirmar que algum sinal tenha sido enviado do submarino.
Peter Layton, convidado da Universidade de Griffith, na Austrália, explicou que o submarino deve viajar a cerca de 50 metros de profundidade e vir acima apenas uma vez a cada 24 horas para renovar o oxigénio, recarregar baterias e enviar sinais de rádio.
"Falha catastrófica"
William Craig Reed acredita que “a embarcação pode ter sofrido uma falha catastrófica” ou “poderá ter sido algo mais pequeno que fez com que ficassem à deriva ou no fundo do mar”.
Os marinheiros poderão aguentar no submarino durante 30 dias. Se estiverem debaixo de água, o cenário pode agravar-se, acrescentou o ex-mergulhador norte-americano.
O submarino em questão é movido a diesel, pelo que tem uma “vida limitada debaixo de água”. Com 44 marinheiros a bordo, o tempo está a esgotar-se.
Quanto às perspetivas de um possível resgate, tudo dependerá das condições do submarino e da localização.
Peter Layton explicou que, se o submarino se tiver afundado mas estiver intacto, os marinheiros têm cerca de uma semana a dez dias de oxigénio, mas que há outros fatores associados que tornam as previsões imprecisas, tais como a última vez que recarregaram as baterias, há quanto tempo refrescaram o ar e o que está dentro do navio.
O diretor de segurança internacional do Instituto Internacional de Polícia de Sydney, Euan Graham, referiu também à CNN que é difícil encontrar um submarino projetado para não ser encontrado. E que, quando isso acontece, é o barulho que o motor faz ou o sonar ativo que possibilitam encontrar o submarino.
Ainda assim, o sonar é efetivo quando o submarino está “entre o fundo do oceano e a superfície, mas neste caso poderá estar no fundo do oceano”, pelo que será mais conveniente a utilização de um “equipamento que mapeie o fundo”, explicou Peter Layton.
“Enviar um submarino para a área [em que o ARA San Juan desapareceu] para procurar não acrescentaria nada porque não têm a tecnologia ou os elementos necessários para procurar debaixo de água”, disse o capitão naval da Argentina Hector Alonso.