Reino Unido anuncia duplicação de investimento em segurança nas fronteiras

por Lusa
Reuters

O Reino Unido fará um investimento adicional de 75 milhões de libras (90 milhões de euros) para reforçar a segurança fronteiriça, elevando o investimento nesta área nos próximos dois anos para 150 milhões de libras, informou o Governo.

A duplicação do investimento para os 180 milhões de euros foi conhecida na véspera da celebração, hoje, em Glasgow (Escócia), da Assembleia Geral da Interpol, a primeira a ter lugar no Reino Unido em mais de 50 anos, que será aberta pelo primeiro-ministro britânico, Keir Starmer.

A contribuição financeira destina-se ao Comando de Segurança das Fronteiras, lê-se numa nota.

Durante a inauguração, Starmer irá expor o seu objetivo de reprimir os grupos de tráfico de seres humanos e reforçar a colaboração internacional para fazer face a esta ameaça.

A Assembleia Geral é o órgão supremo da Interpol e é composta por altos funcionários das forças da ordem e dos ministérios dos 196 Estados membros da organização.

No seu discurso, Starmer irá descrever a sua experiência no combate a grupos terroristas internacionais e de tráfico de droga durante o seu anterior mandato como diretor do Ministério Público, experiência que diz esperar que permita desmantelar os grupos de contrabando de seres humanos que conduzem a migração ilegal e constituem uma séria ameaça à segurança mundial.

Este impulso financeiro para o novo Comando de Segurança das Fronteiras do Governo será canalizado, nomeadamente, para tecnologias destinadas a reforçar a colaboração na Europa para desmantelar as redes de tráfico de seres humanos.

"O mundo precisa de acordar para a gravidade deste desafio. Fui eleito para garantir a segurança do povo britânico. E a existência de fronteiras fortes faz parte desse objetivo. Mas a segurança não se limita às nossas fronteiras", afirmou Starmer no comunicado.

"Este é um comércio vil que deve ser eliminado, onde quer que prospere. É por isso que estamos a aplicar a nossa abordagem antiterrorista, que sabemos que funciona, aos gangues, com o nosso novo Comando de Segurança das Fronteiras", acrescentou.

Por seu lado, a ministra do Interior, Yvette Cooper, referiu na nota que "os grupos criminosos de contrabando lucram com o facto de minarem a segurança fronteiriça e colocarem vidas em risco, e têm estado impunes durante demasiado tempo".

 

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