Relatório da Google revela como os adolescentes europeus usam IA para aprender e criar

A Google deu a conhecer esta quinta-feira o relatório "The Future Report", que revela a forma como os jovens europeus utilizam as ferramentas de Inteligência Artificial (IA). Um estudo que ouviu e abordou mais de 7.000 adolescentes em toda a Europa e foi apresentado à margem do evento do Conselho da Europa sobre IA e educação.

Nuno Patrício - RTP /
Imagem: Google - "The Future Report"

O estudo revela que os adolescentes europeus estão a adotar cada vez mais a IA, com uma maior procura pelas ferramentas, acreditando os jovens que estas aumentam a criatividade e ajudam a gerar novas ideias. Contudo, demonstram insatisfação quando referem que as escolas limitam ou proibem o uso deste tipo de ferramentas.

Mas vejamos mais ao promenor as opiniões que resultaram deste estudo.

IA para aprendizagem e criatividade

  • Quatro em cada dez adolescentes (40%) usam ferramentas de IA diariamente ou quase diariamente. 
  • 81% acreditam que a IA melhora a criatividade e 65% dizem que ajuda a gerar novas ideias. 
  • Contudo, 28% referem que as escolas não permitem o uso destas ferramentas.

Pensamento crítico e equilíbrio digital

  • 55% dos jovens verificam a fiabilidade do conteúdo e destacam a importância do pensamento crítico. 
  • 57% afirmam manter equilíbrio entre tempo online e offline.

Conselhos parentais: uma janela curta
  • Os pais são a fonte mais confiável para hábitos online saudáveis (32%), mas essa confiança cai de 54% (13-15 anos) para 19% (16-18 anos), reforçando a importância da intervenção precoce.
Fonte: Relatório "The Future Report" / Google

Na informação disponibilizada pela Google, a multinacional diz que ao longo da sua existência tem assumido o compromisso em capacitar os utilizadores, especialmente as crianças, com experiências adequadas à idade e também com as competências necessárias para um envolvimento online seguro, crítico e responsável. o que inclui, refere a Google, investimentos significativos em literacia de IA, literacia mediática/informacional e segurança online, destacando:

Competências de IA avançadas para apoiar a aprendizagem
Apoio a literacia em IA através de programas educacionais como o Experience AI e ao disponibilizar ferramentas de IA como o Gemini a utilizadores mais jovens para auxiliar a aprendizagem, com supervisão e controlos parentais adequados através do Family Link.

Pensamento crítico através de programas educacionais de literacia da informação e dos media
"Be Internet Awesome" ensina competências fundamentais de segurança digital. "Meet LEO" apoia os pais. "Super Searchers" ensina o pensamento crítico e as competências para navegar pela IA e informação. A "Experience AI" (desenvolvida com a Google DeepMind e a Raspberry Pi Foundation) e os recursos para educadores e famílias ajudam a desmistificar a IA e a promover o envolvimento responsável.

Salvaguardas do Produto 
Proteções adequadas à idade em produtos como a Pesquisa (SafeSearch) e o YouTube (experiências supervisionadas) e restrição de conteúdos sensíveis de anúncios para utilizadores com menos de 18 anos. A multinacional tecnológica refere ainda que está em fases teste para implementar tecnologias como a estimativa de idade baseada em machine learning (aprendizagem de máquina) para aplicar melhor as configurações apropriadas à idade.

Apoio aos pais
Google Family Link como aplicação de controlo parental que permite aos pais definir regras digitais básicas, gerir o tempo de ecrã e filtrar conteúdo.

Ferramentas que visam nos próximos tempos melhor a forma como as olhamos e as utilizamos, com base na salvaguarda dos utilizadores e dos dados em que se trabalha nestas plataformas digitais.
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