Retirada de portugueses das Caraíbas levará o tempo que levar

por RTP

Foto: Manuel de Almeida - Lusa

O ministro dos Negócios Estrangeiros não arrisca dizer quando chegarão a Portugal todos os que pediram o regresso das Caraíbas. Augusto Santos Silva diz que a retirada demorará o tempo que for necessário.

"A operação demorará o tempo que for necessário", vincou Augusto Santos Silva, à margem de uma apresentação do novo ano letivo do ensino do português no estrangeiro esta manhã no Instituto Camões.

"Temos medidas de contingência preparadas para todo e qualquer incidente que possa atingir os residentes portugueses no estrangeiro, e neste caso a devastação do furacão Irma na ilha de São Martinho e São Bartolomeu atingiu com severidade uma comunidade portuguesa e recebemos pedidos de repatriamento de algumas dezenas de membros dessas comunidades, sobretudo mulheres e crianças, filhos de portugueses que trabalham nessas duas ilhas", explicou o ministro.

"Mobilizámos o meio mais expedito para o repatriamento, um C130 da Força Aérea que já se deslocou para perto do local e através da combinação entre meio marítimo e meio aéreo essas pessoas serão repatriadas", acrescentou o governante.

Algumas, disse, "já chegaram e outras estão a ser agrupadas neste momento em Guadalupe para que o avião C130 as possa transportar".

Na atualização das informações, Santos Silva destacou também que o diretor-geral e o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas "já partiram para Guadalupe para organizar no terrerno a resposta portuguesa nessa operação".

O balanço da passagem do furacão Irma pelas Caraíbas foi um dos mais graves na história recente da região, com o registo pelo menos 40 vítimas mortais.

O Irma - qualificado pela Organização Mundial de Meteorologia como o furacão mais forte de sempre no Atlântico - enfraqueceu na segunda-feira ao atravessar o estado norte-americano da Florida, perdendo a designação de furacão e passando a ser classificado como tempestade tropical.


c/ Lusa
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