Mundo
Retirada do Hezbollah do Governo faz recear regresso de violência
A crise política volta a instalar-se no Líbano e os receios do regresso da violência aumentam com a demissão dos 10 ministros do Hezbollah (partido de Deus) e aliados em reação a uma eventual acusação pelas Nações Unidas de envolvimento no assassinato do antigo primeiro-ministro, Rafiz al-Hariri.
A tensão política cresce no Líbano com os indícios de que os membros do Hezbollah possam via a ser acusados pelo Tribunal Especial para o Líbano criado sob a égide das Nações Unidas para investigar e punir os responsáveis pelo assassinato do antigo líder do Governo.
Dez ministros apresentaram em bloco a sua demissão, como forma de protesto pela recusa de Saad Hariri, filho do antigo primeiro-ministro e atual chefe de governo, em convocar uma reunião especial do Conselho de Ministros para analisar a investigação do Tribunal Especial para o Líbano.
Um outro membro do governo poderá estar preparado para também abandonar o executivo de coligação. Trata-se de Adnan Sayyed Hussein, mas essa demissão ainda não foi confirmada.
A solicitação da convocação de uma reunião extraordinária do Conselho de Ministros surgiu na passada terça-feira, depois da Síria e da Arábia Saudita – países que durante meses tentaram servir de medianeiros na crise política libanesa – anunciarem que os seus esforços falharam e numa ocasião em que o líder do executivo se encontra nos Estados Unidos para reuniões com Barack Obama.
O Hezbollah, que desde a primeira hora rejeitou qualquer envolvimento no assassinato de al-Hariri, denunciou a constituição do Tribunal Especial para o Líbano como uma “criação de Israel” e desafiou o primeiro-ministro a rejeitar as conclusões da investigação apuradas pelo tribunal, que ainda não anunciou qualquer epílogo.
O primeiro-ministro, filho do antigo primeiro-ministro assassinado, recusou-se, no entanto, a quebrar a cooperação com o Tribunal. “Saad Hariri esteve a ponto de fazer uma grande concessão no que diz respeito ao tribunal, mas forças ocultas evitaram que ele as fizesse”, afirmou o líder da comunidade drusa, Walid Jumblatt, citado pela AFP, sem no entanto especificar quais seriam essas concessões.
As divergências entre o campo de Hariri e o da Hezbollah a propósito do tribunal especial para o Líbano paralisou durante meses o governo e fez aumentar os receios do regresso da violência que colocou o país à beira da guerra civil, em maio de 2008.
Dez ministros apresentaram em bloco a sua demissão, como forma de protesto pela recusa de Saad Hariri, filho do antigo primeiro-ministro e atual chefe de governo, em convocar uma reunião especial do Conselho de Ministros para analisar a investigação do Tribunal Especial para o Líbano.
Um outro membro do governo poderá estar preparado para também abandonar o executivo de coligação. Trata-se de Adnan Sayyed Hussein, mas essa demissão ainda não foi confirmada.
A solicitação da convocação de uma reunião extraordinária do Conselho de Ministros surgiu na passada terça-feira, depois da Síria e da Arábia Saudita – países que durante meses tentaram servir de medianeiros na crise política libanesa – anunciarem que os seus esforços falharam e numa ocasião em que o líder do executivo se encontra nos Estados Unidos para reuniões com Barack Obama.
O Hezbollah, que desde a primeira hora rejeitou qualquer envolvimento no assassinato de al-Hariri, denunciou a constituição do Tribunal Especial para o Líbano como uma “criação de Israel” e desafiou o primeiro-ministro a rejeitar as conclusões da investigação apuradas pelo tribunal, que ainda não anunciou qualquer epílogo.
O primeiro-ministro, filho do antigo primeiro-ministro assassinado, recusou-se, no entanto, a quebrar a cooperação com o Tribunal. “Saad Hariri esteve a ponto de fazer uma grande concessão no que diz respeito ao tribunal, mas forças ocultas evitaram que ele as fizesse”, afirmou o líder da comunidade drusa, Walid Jumblatt, citado pela AFP, sem no entanto especificar quais seriam essas concessões.
As divergências entre o campo de Hariri e o da Hezbollah a propósito do tribunal especial para o Líbano paralisou durante meses o governo e fez aumentar os receios do regresso da violência que colocou o país à beira da guerra civil, em maio de 2008.