A chefe da diplomacia norte-americana telefonou ao ministro israelita da Defesa, Ehud Barak, e à ministra dos Negócios Estrangeiros, Tzipi Livni, após o incêndio do principal armazém da agência da ONU, atingido por tiros de granadas israelitas.

"Mantivemos uma discussão sobre as dificuldades que o ataque causou e sobre a necessidade de tentar evitar incidentes deste tipo", indicou Rice à imprensa.

A chefe da diplomacia norte-americana indicou que Barak qualificou o incidente como "um erro".

"Estou certa de que tentam evitar mas é um ambiente difícil e o que queremos, é assegurar-nos que a ajuda médica, alimentar e a água cheguem à população de Gaza", acrescentou.

Rice qualificou de incidente "infeliz" o incêndio do armazém da UNRWA e apelou a Israel para coordenar melhor as suas operações com as agências da ONU, como a UNRWA e o Comité internacional da Cruz Vermelha (CICV).

"Desejamos uma cooperação e coordenação estreitas entre a UNRWA, o CICV e as forças israelitas, porque é evidentemente uma situação muito difícil para os civis", referiu Rice.

Entretanto, a Argentina, o Brasil e o México condenaram quinta-feira o bombardeamento do exército israelita contra o do bairro geral da agência da ONU de ajuda aos refugiados (UNRWA) e do hospital Al-Quds, dirigido pela sociedade do Crescente Vermelho palestiniano, em Gaza.

"O México exprime sua condenação mais enérgica aos bombardeamentos pelo exército de Israel de um hospital, do bairro geral da agência da ONU de ajuda aos refugiados (UNRWA) e do edifício onde estão instalados os escritórios dos vários meios de comunicação social internacionais", indica um comunicado do ministério dos Negócios Estrangeiros.

O México apelou ainda às partes em conflito, Israel e o movimento islamita palestiniano do Hamas, para cessarem as hostilidades imediatamente, e garantirem o acesso protegido e sem restrição da ajuda humanitária à Faixa de Gaza.

Do mesmo modo, "a Argentina lamenta, nos termos mais vivos, o ataque recente de Israel" contra os escritórios da UNRWA e um hospital palestino em Gaza, "que pôs em perigo a vida de civis inocentes", indicou quinta-feira um comunicado do ministério dos Negócios Estrangeiros em Buenos Aires.

No Brasil, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Celso Amorim também condenou este bombardeamento israelita na Faixa de Gaza.

"Associamo-nos ao Secretário-geral da ONU (Ban Ki-moon) para condenar com veemência este ataque contra instalações exclusivamente humanitárias das Nações Unidas", disse.

LMP

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