Rio de Janeiro. Combate ao crime organizado "falha há 30 anos"

O investigador em crime organizado, Roberto Uchôa, critica a metodologia que as autoridades brasileiras têm seguido nas últimas décadas. "O Estado só entra nessas comunidades através do confronto e da polícia", sublinha em entrevista à Antena 1.

João Couraceiro - Antena 1 /
EPA

"Não há política pública social, não há um trabalho de resgate dessa comunidade", afirma Roberto Uchôa.  

Nos 365 dias do ano, em 363 as pessoas vivem "sob a opressão da organização criminosa". Nos dois dias em que o Estado entra nas comunidades nada muda "porque ela mantém o controlo do território", refere este investigador em crime organizado. 

"Além de não mudar a realidade, fragiliza ainda mais a relação entre população e Estado", avisa este elemento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

"Que não entre apenas a polícia que entrem Educação, Saúde, serviços básicos. Coisas que essas populações não recebem", defende Uchôa ao jornalista João Couraceiro.
Razões que levam este investigador em crime organizado a considerar um erro a metodologia utilizada na operação no Rio de Janeiro.
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