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Robôs assassinos: Líderes industriais da inteligência artificial querem o seu fim

por RTP
Reuters

Mais de 100 executivos de 26 países enviaram uma carta aberta à ONU com o objetivo de travar o desenvolvimento desta nova tecnologia. Os líderes da indústria relacionada com inteligência artificial, incluindo Elon Musk, dono da Tesla, e Mustafa Suleyman, cofundador da DeepMind, alertam para os perigos de os robôs assassinos e dizem que esta nova tecnologia é uma “caixa de Pandora que, depois de aberta, vai ser muito difícil fechar”.

De acordo com os especialistas, estes robôs, depois de desenvolvidos, permitirão o conflito armado numa escala nunca antes vista.

“Estes robôs podem ser armas de terror usadas pelos déspotas e terroristas contra populações inocentes”, explicam os líderes industriais na carta enviada à ONU.

Os cientistas descrevem a tecnologia como “moralmente incorreta” e afirmam que estes robôs têm de ser integrados na lista de armas banidas da Convenção das Nações Unidas sobre Armas Convencionais.

Uma reunião focada nas armas autónomas estava marcada para esta segunda-feira, mas foi alterada para Novembro, de acordo com as Nações Unidas.

A proibição do desenvolvimento do robô assassino já tinha sido discutida pelos comités das Nações Unidas. Em 2015, mais de mil cientistas, especialistas e investigadores realçaram os perigos das armas autónoma.
O que é um robô assassino?
Este tipo de robô é uma arma autónoma que consegue selecionar e atacar alvos sem intervenção humana. Atualmente ainda não existem, mas os avanços tecnológicos permitirão que estes robôs estejam prontos mais cedo do que se pensa.

As pessoas que estão a favor de o robô assassino acreditam que as leis de guerra atuais serão suficientes para resolver quaisquer problemas que possam surgir caso seja implementada esta nova tecnologia.

Contudo, quem está contra o uso destes robôs realça que são uma ameaça para a humanidade e que todas as “funções de matar” autónomas devem ser banidas.
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