Borat está de volta aos ecrãs com um novo filme, que se estreia já esta sexta-feira. Repete-se a sátira ao estilo de Sacha Baron Cohen. Em Borat Subsequent Movie Film, o antigo mayor de Nova Iorque e advogado de Donald Trump, Rudy Giuliani aparece em cenas comprometedoras enquanto dá uma "falsa entrevista" a uma jovem jornalista.
Embora ainda não sejam conhecidos muitos detalhes sobre a longa-metragem, sabe-se que uma das cenas envolve Rudy Giuliani, que chamou a polícia em julho, depois de ter concedido uma "entrevista" num quarto de hotel para uma jovem atraente que interpretava o papel de filha adolescente de Borat. Nas imagens,o atual advogado pessoal de Donald Trump é visto com as mãos nas calças e aparentemente a tocar nos órgãos genitais enquanto se encosta numa cama, na presença da alegada jornalista.
Nessas imagens, Giuliani aparece a deitar-se na cama e a colocar a mão nas calças, momento que é interrompido pela personagem Borat que diz ao advogado de Trump: "Ela tem 15 anos. É demasiado velha para si".
"Esta pessoa entrou a gritar e eu achava que era um esquema e por isso apresentei queixa na polícia, mas ele fugiu", explicou então.
Mas mais tarde, o advogado esclareceu que só depois percebeu que devia "ter sido o Sacha Baron Cohen".
"Pensei em todas as pessoas que ele já enganou e senti-me bem comigo mesmo por não me ter apanhado", disse ainda.
A cena ainda não está disponível, mas já circulam imagens nas redes sociais que desmentem Giuliani que disse não ter sido enganado pelo ator.
Here's a still from Borat's Giuliani scene. You can thank me later. pic.twitter.com/0gJvLeSrds
— Nikora (@MoaVideos) October 21, 2020
A presença de Rudy Giuliani em "Borat 2" tornou-se ainda mais comentada porque foi o próprio o primeiro a divulgar publicamente em julho que tinha chamado a polícia após ser "emboscado" por Sacha Baron Cohen e se sentia "muito orgulhoso" por não ter sido enganado.
(1) The Borat video is a complete fabrication. I was tucking in my shirt after taking off the recording equipment.
— Rudy W. Giuliani (@RudyGiuliani) October 21, 2020
At no time before, during, or after the interview was I ever inappropriate. If Sacha Baron Cohen implies otherwise he is a stone-cold liar.
"Em 2005, precisávamos de uma personagem como o Borat que era um misógino, racista e antissemita para trazer ao de cima os preconceitos das pessoas. Agora esses preconceitos são evidentes. Os racistas têm orgulho em ser racistas. Quando um presidente é abertamente racista, abertamente fascista, autoriza o resto da sociedade a mudar o seu diálogo também", esclareceu.
Segundo o Guardian, o filme foi gravado durante a pandemia e com recurso a uma equipa reduzida, tendo as filmagens decorrido em diferentes estados norte-americanos e internacionalmente, adotando o já conhecido estilo de documentário satírico.