Mundo
Guerra na Ucrânia
Rússia alarga lista de autoridades da UE proibidas de entrar no país em resposta a sanções
A Rússia alargou a "lista negra" de cidadãos ocidentais que não poderão entrar em território russo em resposta ao 18.º pacote de sanções aprovado na semana passada pela União Europeia. Moscovo e Kiev retomam esta quarta-feira as negociações com vista a um cessar-fogo. O Kremlin disse que não espera "progressos milagrosos" nas negociações, garantindo que pretende manter as suas condições.
A nova lista "inclui funcionários de agências de segurança, organizações estatais e comerciais, cidadãos de Estados-membros da UE e outros países ocidentais responsáveis por prestar assistência militar a Kiev", referiu o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo em comunicado, esta terça-feira.
Foram ainda incluídos na lista cidadãos ocidentais envolvidos na organização do fornecimento de equipamento de dupla utilização à Ucrânia, na criação de um tribunal internacional para julgar os líderes russos por crimes de guerra, na adoção de sanções e que defendem o confisco de bens russos.
Moscovo sublinha que a medida responde a "ações hostis" - como as sanções europeias "unilaterais e ilegítimas" - e à "política antirrussa" dos países ocidentais, que acusa de organizar um bloqueio de navios russos no Mar Báltico.
"As ações hostis antirrussas não podem de forma alguma influenciar a política do nosso país (...) As próximas sanções da UE também receberão uma resposta atempada e apropriada", afirma o ministério.
A União Europeia aprovou na sexta-feira passada o 18.º pacote de sanções contra a Rússia. As novas sanções limitam o acesso dos bancos russos a financiamento e bloqueiam a exportação de tecnologia utilizada nos drones.
Inclui ainda a redução do teto do preço do petróleo russo de 60 dólares por barril e a proibição de transações financeiras com o gasoduto Nord Stream, que chega à Alemanha através do Mar Báltico e não está atualmente em funcionamento.
Além disso, acrescenta 105 navios russos à lista negra da UE, elevando o número de embarcações da chamada "frota fantasma" russa sancionadas para mais de 400.
Kremlin não espera "progressos milagrosos" nas negociações
Negociadores da Rússia e da Ucrânia reúnem-se esta quarta-feira na Turquia para uma nova ronda com vista a um cessar-fogo.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou que o ex-ministro da Defesa Rustem Umerov vai liderar a delegação ucraniana nestas novas negociações.
"A delegação será chefiada por Rustem Umerov", que foi recentemente nomeado secretário do Conselho de Segurança Nacional da Ucrânia, e incluirá "representantes dos serviços de informação", da diplomacia ucraniana e da presidência, anunciou Zelensky nas redes sociais.
O Kremlin disse esta terça-feira que não espera milagres nesta terceira ronda de negociações e recusou dar um prazo para um possível acordo de paz para pôr fim à guerra.
"É claro que não há razão para esperar progressos milagrosos, mas pretendemos defender os nossos interesses, garanti-los e cumprir as tarefas a que nos propusemos desde o início", disse o porta-voz presidencial russo, Dmitry Peskov, citado pela AFP.
As duas últimas reuniões consecutivas em Istambul entre as delegações russa e ucraniana produziram poucos progressos num cessar-fogo, resultando apenas em trocas de prisioneiros e corpos de soldados mortos.
Durante as últimas negociações em junho, a Rússia voltou a apresentar as suas maiores exigências, incluindo a cedência de quatro regiões por parte da Ucrânia, para além da Crimeia, anexada em 2014, bem como a renúncia a toda a ajuda militar ocidental e à adesão à NATO. A Ucrânia rejeitou o que chamou de "ultimatos" e questionou a disponibilidade real de Moscovo para negociar um cessar-fogo.
Apesar da pressão do presidente norte-americano, Donald Trump, a Rússia tem rejeitado os apelos para um cessar-fogo e os esforços diplomáticos parecem ter estagnado.
Depois de se ter aproximado de Moscovo quando regressou à Casa Branca, Donald Trump adotou uma postura mais dura com a Rússia nos últimos dias, confessando estar “desapontado” com o seu homólogo russo, Vladimir Putin.
O presidente norte-americano prometeu enviar mais armas para a Ucrânia, ao mesmo tempo que ameaçou Moscovo com “sanções severas” caso não avance com um acordo com Kiev em 50 dias.
c/ agências
Foram ainda incluídos na lista cidadãos ocidentais envolvidos na organização do fornecimento de equipamento de dupla utilização à Ucrânia, na criação de um tribunal internacional para julgar os líderes russos por crimes de guerra, na adoção de sanções e que defendem o confisco de bens russos.
Moscovo sublinha que a medida responde a "ações hostis" - como as sanções europeias "unilaterais e ilegítimas" - e à "política antirrussa" dos países ocidentais, que acusa de organizar um bloqueio de navios russos no Mar Báltico.
"As ações hostis antirrussas não podem de forma alguma influenciar a política do nosso país (...) As próximas sanções da UE também receberão uma resposta atempada e apropriada", afirma o ministério.
A União Europeia aprovou na sexta-feira passada o 18.º pacote de sanções contra a Rússia. As novas sanções limitam o acesso dos bancos russos a financiamento e bloqueiam a exportação de tecnologia utilizada nos drones.
Inclui ainda a redução do teto do preço do petróleo russo de 60 dólares por barril e a proibição de transações financeiras com o gasoduto Nord Stream, que chega à Alemanha através do Mar Báltico e não está atualmente em funcionamento.
Além disso, acrescenta 105 navios russos à lista negra da UE, elevando o número de embarcações da chamada "frota fantasma" russa sancionadas para mais de 400.
Kremlin não espera "progressos milagrosos" nas negociações
Negociadores da Rússia e da Ucrânia reúnem-se esta quarta-feira na Turquia para uma nova ronda com vista a um cessar-fogo.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou que o ex-ministro da Defesa Rustem Umerov vai liderar a delegação ucraniana nestas novas negociações.
"A delegação será chefiada por Rustem Umerov", que foi recentemente nomeado secretário do Conselho de Segurança Nacional da Ucrânia, e incluirá "representantes dos serviços de informação", da diplomacia ucraniana e da presidência, anunciou Zelensky nas redes sociais.
O Kremlin disse esta terça-feira que não espera milagres nesta terceira ronda de negociações e recusou dar um prazo para um possível acordo de paz para pôr fim à guerra.
"É claro que não há razão para esperar progressos milagrosos, mas pretendemos defender os nossos interesses, garanti-los e cumprir as tarefas a que nos propusemos desde o início", disse o porta-voz presidencial russo, Dmitry Peskov, citado pela AFP.
As duas últimas reuniões consecutivas em Istambul entre as delegações russa e ucraniana produziram poucos progressos num cessar-fogo, resultando apenas em trocas de prisioneiros e corpos de soldados mortos.
Durante as últimas negociações em junho, a Rússia voltou a apresentar as suas maiores exigências, incluindo a cedência de quatro regiões por parte da Ucrânia, para além da Crimeia, anexada em 2014, bem como a renúncia a toda a ajuda militar ocidental e à adesão à NATO. A Ucrânia rejeitou o que chamou de "ultimatos" e questionou a disponibilidade real de Moscovo para negociar um cessar-fogo.
Apesar da pressão do presidente norte-americano, Donald Trump, a Rússia tem rejeitado os apelos para um cessar-fogo e os esforços diplomáticos parecem ter estagnado.
Depois de se ter aproximado de Moscovo quando regressou à Casa Branca, Donald Trump adotou uma postura mais dura com a Rússia nos últimos dias, confessando estar “desapontado” com o seu homólogo russo, Vladimir Putin.
O presidente norte-americano prometeu enviar mais armas para a Ucrânia, ao mesmo tempo que ameaçou Moscovo com “sanções severas” caso não avance com um acordo com Kiev em 50 dias.
c/ agências