Rússia. Arquipélago declara estado de emergência após invasão de ursos polares

por RTP
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As autoridades ambientais da Rússia enviaram uma equipa de especialistas para Novaya Zemlya, arquipélago com três mil habitantes, para sedar e remover dezenas de ursos polares “famintos” que cercaram as pessoas que vivem na região.

A decisão foi tomada após as autoridades do arquipélago pedirem ajuda exterior.

“Nunca houve uma invasão em massa de ursos polares”, disse Zhigansha Musin, chefe da administração local. “Eles têm, literalmente, perseguido as pessoas”, acrescentou.

“As pessoas estão assustadas e com medo de sair de casa. Os pais não estão dispostos a deixar os filhos sair para ir à escola”, acrescentou Alexander Minayev, chefe adjunto da região.



A situação é de tal forma insólita que há filmagens de ursos polares a alimentarem-se do lixo local ou até a entrarem em casas.

Famintos e sem energia, os ursos são forçados a entrar nas casas dos humanos como fonte de alimentação.


A resolução do problema não é, no entanto, tão simples como poderia parecer. Os ursos polares são uma espécie em via de extinção e na Rússia é proibido por lei atingi-los.

A agência de notícias Tass, citada pelo The Guardian, declarou que tentativas de assustar os ursos polares com buzinas e cães falharam.

No entanto, as autoridades da região alertam para a possibilidade de abater os ursos polares, para garantir a segurança da população local, caso a tentativa de remover os animais da zona fracasse.

Em 2016, cinco cientistas russos foram cercados por ursos polares durantes quase duas semanas numa estação meteorológica na Ilha Troynoy, a leste de Novaya Zemlya.
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