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Guerra no Médio Oriente. A escalada do conflito ao minuto

Rússia critica Portugal pela doação dos "kamov" à Ucrânia

por Inês Moreira Santos - RTP
Gleb Garanich - Reuters

O Kremlin condenou a entrega de seis helicópteros de combate a incêndios à Ucrânia pelo Estado português. Moscovo considera que "a transferência destas aeronaves para o regime de Kiev é mais um passo hostil" de Lisboa em relação à Rússia. Já em território ucraniano, as forças russas lançaram, esta noite, mais de 70 drones iranianos Shahed, tendo caído fragmentos de um veículo aéreo não tripulado sobre as instalações de uma empresa de serviços públicos em Kiev.

Para o Kremlin, a doação portuguesa de helicópteros "kamov" a Kiev demonstra a "quase completa perda de independência política" de Lisboa e contribui para um "maior aprofundamento" da crise nas relações russo-portuguesas.

O último transporte dos seis 'Kamov' doados por Portugal à Ucrânia seguiu na sexta-feira passada, "após um longo período de incerteza e de negociações".

Entretanto, a ofensiva russa continua em território ucraniano. De acordo com a Força Aérea Ucraniana, foram lançados 76 drones sobre a Ucrânia, dos quais 72 foram abatidos nas regiões de Odessa, Mikolayiv, Kherson, Poltava, Kharkov, Kiev, Donetsk, Zhitomyr, Dnipro, Cherkassi, Vinitsia e Sumi, na sexta-feira à noite.

Além disso, dois drones inimigos foram perdidos em território ucraniano e outros dois foram devolvidos à Rússia, segundo Kiev.

Em Odessa, vários edifícios foram danificados na sequência dos ataques.


O presidente da Ucrânia agradeceu aos soldados da aviação do exército, aos grupos móveis de artilharia e defesa antiaérea, por terem defendido “os ucranianos durante toda a noite”.

“Precisamos de mais capacidades para reforçar o nosso escudo de defesa aérea, a nossa defesa aérea e as nossas capacidades de longo alcance para continuar a proteger vidas e o nosso povo. Estamos a trabalhar neste sentido com todos os parceiros da Ucrânia”, afirmou Volodymyr Zelensky no Telegram.

C/Lusa
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