Mundo
Guerra na Ucrânia
Rússia mantém exigências na região do Donbass, Ucrânia fora da NATO e sem tropas ocidentais
A agência Reuters avançou na quinta-feira com as três condições exigidas por Vladimir Putin para o fim da guerra na Ucrânia, em curso desde a invasão russa em fevereiro de 2022.
O presidente russo exige que a Ucrânia ceda à Rússia toda a região oriental do Donbass, que renuncie às ambições de se juntar à Aliança Atlântica e que se mantenha neutra, sem tropas ocidentais no país. A informação foi veiculada à agência Reuters por três fontes próximas do Kremlin.
De acordo com a agência, Vladimir Putin deixou cair em parte as exigências territoriais apresentadas em junho de 2024, quando exigia a cedência da totalidade de quatro províncias reivindicadas por Moscovo: Dontesk, Luhansk, Kherson e Zaporizhzhia.
Na nova proposta, Putin mantém a exigência em relação a Donetsk e Luhansk, regiões que compõem o Donbass, e compromete-se a interromper os avanços alcançados em Zaporizhia e Kherson, assim como a "entregar" partes das regiões de Kharkiv, Sumy e Dnipropetrovsk.De acordo com as estimativas norte-americanas, Moscovo controla nesta altura cerca de 88 por cento do Donbass e 73 por cento de Zaporizhia e Kherson.
No entanto, Moscovo mantém outras exigências, como a desistência de Kiev em relação a uma futura adesão à NATO e o compromisso por parte da aliança atlântica de que não se expandirá mais para leste.
Prevê também algumas limitações impostas ao exército ucraniano e que nenhuma tropa ocidental seja enviada para a Ucrânia como parte de uma força de paz.
O presidente ucraniano tem rejeitado repetidamente a possibildiade de retirar do território ucraniano reconhecido internacionalmente como parte de um eventual acordo.
Volodymyr Zelensky tem também argumentado que a região do Donbass é uma espécie de fortaleza que impede o avanço russo em direção ao restante território ucraniano, uma vez que as incursões russas têm-se repetido desde 2014, quando Moscovo anexou literalmente a península da Crimeia.
Nem a Ucrânia, NATO ou a Casa Branca responderam de imediato a um pedido de comentário sobre as propostas russas, adiantou a Reuters.
Volodymyr Zelensky tem também argumentado que a região do Donbass é uma espécie de fortaleza que impede o avanço russo em direção ao restante território ucraniano, uma vez que as incursões russas têm-se repetido desde 2014, quando Moscovo anexou literalmente a península da Crimeia.
Nem a Ucrânia, NATO ou a Casa Branca responderam de imediato a um pedido de comentário sobre as propostas russas, adiantou a Reuters.
Na última sexta-feira, a 15 de agosto, o presidente russo esteve reunido com o homólogo norte-americano numa cimeira que decorreu no Alasca, a primeira reunião ao mais alto nível entre os líderes de ambos os países desde a invasão russa da Ucrânia, em fevereiro de 2022.