Mundo
Rússia no radar da NATO após violação do espaço aéreo turco
A recente entrada da aviação militar russa em espaço aéreo da Turquia, sobre a fronteira com a Síria, “não se parece com um incidente”. Foi assim que o secretário-geral da NATO endereçou esta terça-feira nova advertência ao Kremlin. Jens Stoltenberg ainda aguarda uma “verdadeira explicação” para um gesto que Moscovo já disse ter sido acidental. Mas que a Aliança Atlântica encara como “inaceitável”.
O primeiro incidente com um caça russo nos céus da Turquia ocorreu no sábado, o quarto dia da campanha de bombardeamentos aéreos de Moscovo contra múltiplos alvos na Síria. O aparelho foi intercetado por aviões turcos, que o terão forçado a voltar para trás.Moscovo alega que o incidente de sábado durou
escassos segundos e foi causado por más condições atmosféricas.
No domingo, segundo uma nota das estruturas militares da Turquia, dois caças F-16 terão sido “assediados por um MiG-29, cujo país não pôde ser identificado, durante um total de cinco minutos e 40 segundos”. Esta segunda incursão foi, ainda assim, atribuída à Rússia.
O secretário-geral da NATO não hesita. Para Jens Stoltenberg, estas ocorrências não se assemelham a qualquer acidente, mas antes a uma clara e propositada violação do espaço aéreo dos turcos. E as autoridades russas, enfatizou o mesmo responsável em conferência de imprensa, ainda não facultaram uma “verdadeira explicação”.
Também por esta razão, a Aliança Atlântica está a encarar “muito seriamente” os acontecimentos do fim de semana, embora não esteja ainda em condições de confirmar a alegada perseguição de um caça russo a aparelhos turcos, como reconheceu o próprio Stoltenberg.
Vanda Freire, Luís Moreira - RTP
Outro dado que está a inquietar a NATO é o facto de as patentes russas terem ignorado, até ao momento, todas as linhas de comunicação militar abertas entre os aliados ocidentais e Moscovo.
Jens Stoltenberg quis ainda chamar a atenção para o que descreveu como um “substancial reforço militar” da Rússia na Síria, que incluiria meios navais e forças terrestres.
Mira estende-se ao Iraque
As autoridades russas continuam a assegurar que as operações aéreas na Síria visam as forças do Estado Islâmico e “outros grupos terroristas”. A NATO inclina-se, por sua vez, para a tese de um apoio militar de facto ao regime de Bashar al-Assad. Ou seja, os bombardeamentos teriam por único alvo os oposicionistas sírios.O Presidente russo tem negado que os ataques da sua aviação estejam a causar vítimas civis, no que é contrariado por relatos no terreno.
Já esta terça-feira foi noticiado um raid russo sobre a região de Palmira, um dos bastiões do Estado Islâmico em território sírio.
De Moscovo saiu entretanto mais uma pista sobre o alcance dos planos militares da Rússia: a presidente da câmara alta do Parlamento, Valentina Matviyenko, deu como possível uma intervenção aérea no Iraque, condicionada a um eventual pedido de ajuda por parte das autoridades de Bagdade.
Na frente diplomática, o Governo turco convocou já por duas vezes, em 48 horas, o embaixador da Rússia, tendo em vista “protestar firmemente” contra a violação do espaço aéreo.
O primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, afiançava na segunda-feira que o seu país estaria preparado para uma retaliação proporcional, ao abrigo das regras de combate, em caso de novas violações.
No domingo, segundo uma nota das estruturas militares da Turquia, dois caças F-16 terão sido “assediados por um MiG-29, cujo país não pôde ser identificado, durante um total de cinco minutos e 40 segundos”. Esta segunda incursão foi, ainda assim, atribuída à Rússia.
O secretário-geral da NATO não hesita. Para Jens Stoltenberg, estas ocorrências não se assemelham a qualquer acidente, mas antes a uma clara e propositada violação do espaço aéreo dos turcos. E as autoridades russas, enfatizou o mesmo responsável em conferência de imprensa, ainda não facultaram uma “verdadeira explicação”.
Também por esta razão, a Aliança Atlântica está a encarar “muito seriamente” os acontecimentos do fim de semana, embora não esteja ainda em condições de confirmar a alegada perseguição de um caça russo a aparelhos turcos, como reconheceu o próprio Stoltenberg.
Vanda Freire, Luís Moreira - RTP
Outro dado que está a inquietar a NATO é o facto de as patentes russas terem ignorado, até ao momento, todas as linhas de comunicação militar abertas entre os aliados ocidentais e Moscovo.
Jens Stoltenberg quis ainda chamar a atenção para o que descreveu como um “substancial reforço militar” da Rússia na Síria, que incluiria meios navais e forças terrestres.
Mira estende-se ao Iraque
As autoridades russas continuam a assegurar que as operações aéreas na Síria visam as forças do Estado Islâmico e “outros grupos terroristas”. A NATO inclina-se, por sua vez, para a tese de um apoio militar de facto ao regime de Bashar al-Assad. Ou seja, os bombardeamentos teriam por único alvo os oposicionistas sírios.O Presidente russo tem negado que os ataques da sua aviação estejam a causar vítimas civis, no que é contrariado por relatos no terreno.
Já esta terça-feira foi noticiado um raid russo sobre a região de Palmira, um dos bastiões do Estado Islâmico em território sírio.
De Moscovo saiu entretanto mais uma pista sobre o alcance dos planos militares da Rússia: a presidente da câmara alta do Parlamento, Valentina Matviyenko, deu como possível uma intervenção aérea no Iraque, condicionada a um eventual pedido de ajuda por parte das autoridades de Bagdade.
Na frente diplomática, o Governo turco convocou já por duas vezes, em 48 horas, o embaixador da Rússia, tendo em vista “protestar firmemente” contra a violação do espaço aéreo.
O primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, afiançava na segunda-feira que o seu país estaria preparado para uma retaliação proporcional, ao abrigo das regras de combate, em caso de novas violações.