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Rússia promete concluir retirada de tropas da Geórgia dentro de um mês
O dispositivo militar que a Rússia mantém no Cáucaso vai recuar, dentro de um mês, para as posições ocupadas antes do início do conflito com a Geórgia, anunciou o Presidente francês após um encontro com o homólogo russo. Nicolas Sarkozy e Dmitry Medvedev acertaram também os detalhes do envio de uma missão de observadores da União Europeia para o Cáucaso.
No final da reunião com Medvedev, que decorreu nos arredores de Moscovo, o presidente em exercício do Conselho Europeu sintetizou os resultados da missão diplomática que o levou à Rússia: o Kremlin comprometeu-se a levantar, no espaço de uma semana, os postos de controlo implementados entre os portos georgianos de Poti e Senaki e a concluir, “dentro de um mês”, a “retirada completa” das forças militares estacionadas em território da Geórgia, com a excepção da Ossétia do Sul e da Abecásia.
Na sua deslocação à Rússia, a troika da União Europeia – que integra o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, e o alto representante para a Política Externa e de Segurança Comum, Javier Solana - procurava obter progressos quanto ao estabelecimento de um calendário para a retirada das tropas russas do território georgiano. Mas também no plano da missão de observadores que os 27 planeiam enviar ao Cáucaso.
Em conferência de imprensa conjunta, Nicolas Sarkozy e Dmitry Medvedev anunciaram a obtenção de um acordo de princípio para que os primeiros 200 observadores da União Europeia possam estar no terreno até 1 de Outubro.
Horas antes do encontro de Barvikha, um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia reiterava a oposição de Moscovo ao envio de observadores europeus para a Geórgia, à luz do argumento de que essa solução levaria a “uma fragmentação supérflua” das actuais missões das Nações Unidas e da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE).
Reaproximação
O mandato da missão do Presidente francês, definido a 1 de Setembro numa reunião extraordinária do Conselho Europeu, assentava na exigência do recuo das forças russas para as posições ocupadas antes do início do conflito com a Geórgia, a 7 de Agosto.
No prólogo da reunião com Sarkozy, o Presidente russo lembrava que a situação no terreno mudou depois de Moscovo ter reconhecido as independências das repúblicas separatistas georgianas da Ossétia do Sul e da Abecásia.
Após o encontro, Medvedev não deixou de sublinhar que a linha de acção da Rússia no Cáucaso depende sobretudo da garantia de que a Geórgia irá abster-se, no futuro, de voltar a empregar a força.
“A Rússia recebeu dos países da União Europeia a garantia de que a Geórgia não usará a força”, frisou o Presidente russo.
Dmitry Medvedev reiterou ainda que a decisão, por parte de Moscovo, de reconhecer as independências das regiões separatistas georgianas da Abecásia e da Ossétia do Sul é “uma escolha definitiva e irreversível”.
Uma das formas de pressão sobre o Kremlim ponderadas pelos 27 passaria pela suspensão das negociações para o estabelecimento de uma nova parceria entre Rússia e União Europeia.
Num sinal de reaproximação de posições entre a Rússia e os 27, o Presidente francês afirmou que as negociações poderão ser retomadas já a partir de Outubro, caso Moscovo cumpra os compromissos assumidos esta segunda-feira.
“As coisas são perfeitamente claras. Queremos uma parceria e queremos a paz”, disse Sarkozy.
A agenda da delegação da União Europeia inclui ainda encontros com responsáveis do Governo georgiano em Tbilissi.
Na sua deslocação à Rússia, a troika da União Europeia – que integra o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, e o alto representante para a Política Externa e de Segurança Comum, Javier Solana - procurava obter progressos quanto ao estabelecimento de um calendário para a retirada das tropas russas do território georgiano. Mas também no plano da missão de observadores que os 27 planeiam enviar ao Cáucaso.
Em conferência de imprensa conjunta, Nicolas Sarkozy e Dmitry Medvedev anunciaram a obtenção de um acordo de princípio para que os primeiros 200 observadores da União Europeia possam estar no terreno até 1 de Outubro.
Horas antes do encontro de Barvikha, um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia reiterava a oposição de Moscovo ao envio de observadores europeus para a Geórgia, à luz do argumento de que essa solução levaria a “uma fragmentação supérflua” das actuais missões das Nações Unidas e da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE).
Reaproximação
O mandato da missão do Presidente francês, definido a 1 de Setembro numa reunião extraordinária do Conselho Europeu, assentava na exigência do recuo das forças russas para as posições ocupadas antes do início do conflito com a Geórgia, a 7 de Agosto.
No prólogo da reunião com Sarkozy, o Presidente russo lembrava que a situação no terreno mudou depois de Moscovo ter reconhecido as independências das repúblicas separatistas georgianas da Ossétia do Sul e da Abecásia.
Após o encontro, Medvedev não deixou de sublinhar que a linha de acção da Rússia no Cáucaso depende sobretudo da garantia de que a Geórgia irá abster-se, no futuro, de voltar a empregar a força.
“A Rússia recebeu dos países da União Europeia a garantia de que a Geórgia não usará a força”, frisou o Presidente russo.
Dmitry Medvedev reiterou ainda que a decisão, por parte de Moscovo, de reconhecer as independências das regiões separatistas georgianas da Abecásia e da Ossétia do Sul é “uma escolha definitiva e irreversível”.
Uma das formas de pressão sobre o Kremlim ponderadas pelos 27 passaria pela suspensão das negociações para o estabelecimento de uma nova parceria entre Rússia e União Europeia.
Num sinal de reaproximação de posições entre a Rússia e os 27, o Presidente francês afirmou que as negociações poderão ser retomadas já a partir de Outubro, caso Moscovo cumpra os compromissos assumidos esta segunda-feira.
“As coisas são perfeitamente claras. Queremos uma parceria e queremos a paz”, disse Sarkozy.
A agenda da delegação da União Europeia inclui ainda encontros com responsáveis do Governo georgiano em Tbilissi.