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Rússia volta atacar capital ucraniana

por Inês Moreira Santos - RTP
Sergey Dolzhenko - EPA

A Rússia lançou, esta madrugada, um ataque aéreo à capital ucraniana, do qual terão resultado pelo menos 14 feridos. Kiev estava sob alerta quando Moscovo usou drones e mísseis na região, provocando vários incêndios.

"Explosões na capital. As defesas aéreas foram ativadas. A cidade e a região estão sob ataque inimigo combinado", afirmou o presidente da Câmara de Kiev, na rede social Telegram. "As equipas de resgate estão no local".

De acordo com as autoridades municipais, um drone atingiu o último andar de um edifício de apartamentos. O chefe da administração civil e militar da capital, Tymur Tkachenko, reportou dois incêndios no distrito de Svyatochynskyi, destroços de mísseis a cair no distrito de Obolonsky e destroços de drones a cair num edifício residencial no distrito de Solomyansky.

Já esta manhã, a Força Aérea ucraniana disse ter abatido seis mísseis balísticos russos e 245 drones de ataque durante a noite, indicando que estes visavam principalmente a capital do país.

“O sistema de defesa aérea abateu seis mísseis balísticos Iskander-M/KN-23 e neutralizou 245 drones do tipo Shahed, do inimigo”, detalhou a Força Aérea em comunicado.

O presidente ucraniano já pediu, numa publicação na rede social X, mais sanções contra a Rússia, depois destes bombardeamentos.

"Fragmentos de mísseis e drones russos estão a ser removidos em Kiev. Operações de resgate e emergência estão nos locais de ataques", escreveu Volodymyr Zelensky na publicação, este sábado de manhã.

Como confirma o líder ucraniano, "houve muitos incêndios e explosões na cidade durante a noite" e "prédios residenciais, carros e empresas foram danificados".

"Infelizmente, há feridos. Foi uma noite difícil para toda a Ucrânia".

Zelensky recordou ainda que a Ucrânia "propôs um cessar-fogo muitas vezes", mas que a proposta "foi ignorada".

"É claro que uma pressão muito mais forte deve ser imposta à Rússia para obter resultados e lançar uma diplomacia real. Aguardamos sanções dos Estados Unidos, da Europa e de todos os nossos parceiros. Somente sanções adicionais contra setores-chave da economia russa forçarão Moscovo a um cessar-fogo".




Os ataques ocorrem numa altura em que a Rússia e a Ucrânia iniciam uma troca recorde de prisioneiros, acordada na semana passada em negociações em Istambul. Na sexta-feira, foram trocados 270 soldados e 120 civis de cada lado.

A troca, que envolve um total de 1.000 pessoas em cada fação, está previsto continuar hoje e no domingo.


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