Mundo
Guerra na Ucrânia
Russos detidos na Polónia com propaganda do grupo Wagner
As autoridades da Polónia detiveram dois cidadãos russos por alegada “difusão de material de propaganda” do grupo mercenário Wagner em Varsóvia e Cracóvia, revelou esta segunda-feira o ministro polaco do Interior, Mariusz Kamiński. Os dois suspeitos estão acusados de espionagem.
As detenções dos dois cidadãos russos foram anunciadas na plataforma X, ex-Twitter. “Os dois foram acusados de espionagem e detidos”, lê-se na conta do ministro polaco do Interior.
De acordo com as secretas polacas, citadas pela agência France Presse, os russos agora sob custódia, identificados como Alexei T. e Andrei G., foram interpelados pelas autoridades após terem distribuído pelo menos 300 panfletos em locais públicos de Cracóvia e Varsóvia.O material de propaganda remetia para “sites de recrutamento” do grupo Wagner, indica a agência polaca de contra-espionagem.
“Os russos possuíam mais de três mil peças de propaganda a favor do grupo Wagner que lhes foram entregues em Moscovo”, detalha a Agência de Segurança Interna da Polónia.
Os detidos terão ainda recebido “mais de 500 mil rublos”, o equivalente a 4.500 euros, para levarem a cabo a distribuição da propaganda em solo polaco. Deveriam ter saído do país no passado sábado.
Na semana passada, a comunicação social polaca noticiou a presença, em Cracóvia e na capital, Varsóvia, de autocolantes com o logótipo do grupo Wagner, códigos QR a apontar para um portal do grupo de combatentes mercenários e uma inscrição em inglês: “Estamos aqui. Juntem-se a nós”.
O jornal polaco Gazeta Wyborcza adiantou que estes autocolantes foram denunciados à polícia por habitantes das duas maiores cidades do país.O Governo polaco prevê destacar até dez mil soldados para a fronteira oriental com a Bielorrússia, com um declarado objetivo de “dissuasão”.
Lituânia e Polónia têm advertido com regularidade os aliados da NATO para a possibilidade de combatentes do grupo Wagner fazerem passar-se por candidatos a asilo, procurando assim alcançar território da União Europeia.
O Ministério da Defesa do Reino Unido aventou no domingo que o grupo de Yevgueni Prigozjhin pode estar agora a ser financiado pelas autoridades bielorrussas. Londres refere que diferentes interesses deste oligarca têm sido aparentemente visados pelo Kremlin desde o motim de junho, quando os mercenários abandonaram as suas posições na Ucrânia e avançaram por território russo.
“Se o Estado russo já não paga à Wagner, os segundos financiadores mais plausíveis são as autoridades bielorrussas”, admitiu o Ministério britânico da Defesa, para acrescentar que o grupo parece estar a reduzir a sua dimensão, numa tentativa de poupar em salários.
c/ agências
ABW współdziałając z Policją zidentyfikowała i zatrzymała dwóch Rosjan, którzy w Krakowie i Warszawie kolportowali materiały propagandowe Grupy Wagnera. Obaj usłyszeli zarzuty, dot. m. in. szpiegostwa, i trafili do aresztu.
— Mariusz Kamiński (@Kaminski_M_) August 14, 2023
Wkrótce więcej informacji.#SkutecznieChronimyPolskę
De acordo com as secretas polacas, citadas pela agência France Presse, os russos agora sob custódia, identificados como Alexei T. e Andrei G., foram interpelados pelas autoridades após terem distribuído pelo menos 300 panfletos em locais públicos de Cracóvia e Varsóvia.O material de propaganda remetia para “sites de recrutamento” do grupo Wagner, indica a agência polaca de contra-espionagem.
“Os russos possuíam mais de três mil peças de propaganda a favor do grupo Wagner que lhes foram entregues em Moscovo”, detalha a Agência de Segurança Interna da Polónia.
Os detidos terão ainda recebido “mais de 500 mil rublos”, o equivalente a 4.500 euros, para levarem a cabo a distribuição da propaganda em solo polaco. Deveriam ter saído do país no passado sábado.
Na semana passada, a comunicação social polaca noticiou a presença, em Cracóvia e na capital, Varsóvia, de autocolantes com o logótipo do grupo Wagner, códigos QR a apontar para um portal do grupo de combatentes mercenários e uma inscrição em inglês: “Estamos aqui. Juntem-se a nós”.
O jornal polaco Gazeta Wyborcza adiantou que estes autocolantes foram denunciados à polícia por habitantes das duas maiores cidades do país.O Governo polaco prevê destacar até dez mil soldados para a fronteira oriental com a Bielorrússia, com um declarado objetivo de “dissuasão”.
Lituânia e Polónia têm advertido com regularidade os aliados da NATO para a possibilidade de combatentes do grupo Wagner fazerem passar-se por candidatos a asilo, procurando assim alcançar território da União Europeia.
O Ministério da Defesa do Reino Unido aventou no domingo que o grupo de Yevgueni Prigozjhin pode estar agora a ser financiado pelas autoridades bielorrussas. Londres refere que diferentes interesses deste oligarca têm sido aparentemente visados pelo Kremlin desde o motim de junho, quando os mercenários abandonaram as suas posições na Ucrânia e avançaram por território russo.
“Se o Estado russo já não paga à Wagner, os segundos financiadores mais plausíveis são as autoridades bielorrussas”, admitiu o Ministério britânico da Defesa, para acrescentar que o grupo parece estar a reduzir a sua dimensão, numa tentativa de poupar em salários.
c/ agências