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Sabia que foram retirados 10 dias ao calendário para o corrigir?

por João Ferreira Pelarigo - RTP
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Um ano tem 365 dias e seis horas. Este é, aproximadamente, o tempo que o planeta demora a dar a volta ao Sol. É por isso que, da soma dessas seis horas, de quatro em quatro anos se acrescenta um dia ao calendário. Foi Copérnico quem provou que a Terra gira em torno do Sol e foi o Papa Gregório XIII quem reformulou o calendário sob o qual regemos os nossos dias, obrigado a retirar 10 dias ao mapa anual anterior para se fazer a atualização.

Um ano corresponde ao intervalo de tempo que o planeta Terra demora para percorrer uma volta em torno da estrela central do Sistema Solar.

Mais precisamente, um ano tem uma duração de 365 dias, cinco horas, 48 minutos e 48 segundos. Com as cerca de seis horas que sobram por ano, ao fim de quatro anos, a soma destas sobras completa um dia, fazendo desse um ano bissexto.
Copérnico escreveu as suas ideias no livro Sobre a Revolução dos Corpos Celestes, publicado no ano de 1543, na Alemanha.
Isto acontece no calendário gregoriano, aquele que usamos para orientar os nossos dias. Mas antes deste, era o calendário Juliano que definia o que eram os anos. Introduzido por Júlio César em 45 a.C., este medidor de datas era bastante diferente. A cada 128 anos, por exemplo, atrasava-se um dia.

Na segunda metade do século XVI, o Papa Gregório XIII reformulou o calendário e instituiu aquele que hoje em dia se utiliza em Portugal: o calendário gregoriano.

A Bula Papal de fevereiro de 1582 decidiu que deviam ser retirados 10 dias do mês de outubro desse ano, fazendo com que do dia 4 se passasse para o dia 15. Esta foi a forma encontrada para corrigir os dias e criar aquele que é hoje o mapa dos anos que se utiliza.
Em Inglaterra, a regra só foi respeitada em 1752. Nesse ano, o mês de setembro teve o dia 2 seguido do dia 14.
As orientações do Papa Gregório foram seguidas por Itália, Polónia, Portugal e Espanha. Outros países católicos seguiram o novo calendário, mas os países protestantes foram reticentes. Os ortodoxos gregos não mudaram até ao início do século XX.

Nem todo o planeta Terra se deixa reger pela reforma introduzida pelo Papa Gregório. O calendário chinês, que remonta ao século XIV a.C., era contado pelo tempo de existência de cada imperador.

Desde a posse até à morte, contavam-se os anos. Depois da morte, paravam a contagem, que só era reiniciada quando tomava posse um novo imperador.

Ainda assim, para finalidades civis, a República Popular da China segue o calendário gregoriano.
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