"Esse será o embrião de um jogo comum a ser criado no âmbito de toda a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa", afirmou o administrador delegado do Departamento de Jogos da Santa Casa da Misericórdia, António Martins Barata, integrado numa visita a Brasília.

A definição do tipo de jogo, que depende de estudos de mercado dos dois países, só será feita no final deste ano, acrescentou.

"Estamos agora numa fase de troca de «know-how» sobre os jogos que Portugal e Brasil têm e só numa etapa posterior vamos definir um jogo que seja diferente", explicou Barata.

"Os nossos objectivos são a troca de informações sobre os respectivos mercados de jogo e o intercâmbio de conhecimentos e experiências entre os dois países, visando o desenvolvimento de um projecto comum", acrescentou o provedor da Santa Casa de Misericórdia, Rui Cunha.

A previsão da delegação portuguesa é de que, em 2009, seja desenvolvido o "software" para colocar em prática o novo jogo, que promete chamar a atenção dos apostadores portugueses e brasileiros.

A possibilidade de criação de uma associação de lotarias oficiais dos países lusófonos já era prevista no protocolo assinado em 2003 pela Santa Casa e pela Caixa Económica Federal (CEF).

A Santa Casa da Misericórdia é, desde 1783, a entidade que opera os jogos públicos em Portugal, sendo a lotaria oficial mais antiga do mundo, e a CEF é a responsável pelas operações dos jogos de lotaria no Brasil desde 1962.

A delegação da Santa Casa da Misericórdia, que chegou a Brasília no domingo, parte hoje à noite para Manaus, onde visitará o hospital da Beneficência Portuguesa do Amazonas, e regressa no sábado para Portugal.

CMC.

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