"Não participei na decisão da garantia do empréstimo, em Outubro de 2005, e nunca estive ao corrente do negócio", assegurou, desde Hanovre (norte), à cadeia televisiva ZDF.

Schroeder, que já defendera esta posição na sexta-feira, acrescentou: "Soube que, afinal, a Gazprom não necessita de crédito e, portanto, não aceitará qualquer oferta. Ora, não precisando de crédito, cai por terra, naturalmente, uma eventual garantia".

O caso da garantia estatal alemã, revelado pela imprensa germânica na sexta-feira, "é uma tempestade num copo de água, aparentemente com motivações políticas, difícil de compreender", lamentou o dignitário social-democrata.

Um porta-voz do Ministério da Economia confirmou hoje que, em finais de Outubro de 2005, uma comissão interministerial deu "luz verde" à hipótese de o estado ser garante de um empréstimo de 1.000 milhões de euros à Gazprom, através de dois bancos alemães.

Na altura, o ex-chanceler só despachava assuntos correntes, na sequência da sua derrota eleitoral frente a Ângela Merkel.

Schroeder foi eleito na quinta-feira para a presidência da comissão de acompanhamento do consórcio encarregue da construção do gasoduto Rússia-Alemanha.