"O intercâmbio entre os dois países ganhou maior substância não apenas no domínio da economia, mas em todos os sectores", disse Schroeder.

O dirigente social-democrata sublinhou também que mantém a sua opinião favorável ao levantamento do embargo de armas à China, que a União Europeia decretou em 1989.

"Não vejo por que é que hei-de mudar de opinião", acrescentou Schroeder.

Por sua vez, Hu Jintao reafirmou o desejo do seu Governo de ampliar os investimentos e o intercâmbio comercial com a Alemanha.

"Devemos também alargar as relações noutros domínios, para reforçar a confiança mútua", disse o chefe de Estado chinês aos jornalistas.

Berlim e Pequim combinaram também, durante a visita de Hu Jintao, intensificar a troca de impressões sobre problemas internacionais como a reconstrução do Afeganistão e o conflito em torno do programa nuclear do Irão.

Hu Jintao considerou ainda "positivo" o encontro na sexta- feira de manhã na capital alemã com a chanceler designada, a democrata- cristã Angela Merkel.

"Personalidades alemãs garantiram-me que a Alemanha prosseguirá a sua política em relação à China", disse Hu Jintao.

Na reunião com Angela Merkel, foram debatidos temas como a política energética, o meio ambiente e a economia, disseram fontes da CDU.

Segundo as mesmas fontes, a líder democrata-cristã não aludiu à questão do levantamento do embargo de armas à China, porque para a CDU este assunto não está na ordem do dia.

Ao contrário de Gerhard Schroeder, a futura chanceler partilha a opinião da administração norte-americana, e acha que o embargo deve manter-se enquanto a China não respeitar os direitos humanos e não cessar as suas ameaças contra Taiwan.

A primeira visita oficial de Hu Jintao à Alemanha tem estado a ser pretexto para várias manifestações de protesto contra o regime comunista chinês.

Na quinta-feira à noite, o Presidente alemão, Horst Koehler, antes de receber Hu Jintao na sua residência oficial, o Palácio Bellevue, em Berlim, saiu do carro para cumprimentar militantes da Amnistia Internacional que protestavam contra a repressão na China.

Hoje de manhã, registou-se um pequeno incidente durante a visita de Hu Jintao à Câmara Municipal de Berlim, quando seis jornalistas próximos do movimento Falun Gong, proibido na China, foram impedidos pela segurança alemã de cobrir o acontecimento.