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Sete mil passos por dia podem bastar. Estudo desafia o "mito" dos dez mil
Uma nova investigação sugere que caminhar cerca de sete mil passos por dia é suficiente para reduzir significativamente o risco de desenvolver doenças graves, ao contrário dos comummente recomendados dez mil passos.
"Temos a perceção de que devemos dar dez mil passos
por dia, mas isso não é baseado em evidências", afirma a autora
principal do estudo, a investigadora Melody Ding.
Apesar de não ter base científica, a meta acabou por se consolidar e continua a ser recomendada por muitos dispositivos de fitness.
Nem todos precisam de dez mil passos
A revisão dos dados indica que mesmo contagens modestas de passos, como quatro mil por dia, estão associadas a benefícios de saúde, quando comparadas com níveis muito baixos de atividade.
Daniel Bailey, especialista em saúde e comportamento sedentário da Brunel University London, considera que a ideia de dez mil passos diários é um "mito". Em vez disso, defende que metas entre cinco mil e sete mil passos são mais realistas e alcançáveis para a grande parte da população, sem perder os benefícios.
Os investigadores esperam que estas descobertas possam moldar futuras diretrizes de saúde pública.
Caminhar como recomendação oficial
Atualmente, a Organização Mundial da Saúde recomenda pelo menos 150 minutos de atividade física moderada ou 75 minutos de atividade vigorosa por semana.
"A mensagem de que cada passo conta deve ser enfatizada como uma recomendação essencial de saúde pública", conclui a equipa de investigadores, sublinhando que, independentemente do número de passos, o importante é caminhar.
A análise, que cruzou dados de mais de 160 mil adultos de diferentes partes do mundo, mostra que caminhar sete mil passos por dia, o equivalente a pouco mais de cinco quilómetros, pode diminuir o risco de desenvolver cancro, demência ou problemas cardiovasculares, e ainda aumentar a capacidade cerebral.
Diminui em 25 por cento o risco de doenças cardíacas, em seis por cento o de cancro, em 38 por cento o de demência e em 22 por cento o de depressão, em comparação com quem dá apenas dois mil passos por dia.
Segundo a investigadora, a cifra de dez mil passos foi popularizada por uma campanha japonesa de marketing nos anos 60, na qual foi lançado um pedómetro com o nome manpo-kei, que significa precisamente "medidor de dez mil passos".
Apesar de não ter base científica, a meta acabou por se consolidar e continua a ser recomendada por muitos dispositivos de fitness.
Nem todos precisam de dez mil passos
A revisão dos dados indica que mesmo contagens modestas de passos, como quatro mil por dia, estão associadas a benefícios de saúde, quando comparadas com níveis muito baixos de atividade.
Para a maioria das condições analisadas, os benefícios estabilizam por volta dos sete mil passos, embora caminhar mais seja sempre positivo para a saúde cardiovascular.
Daniel Bailey, especialista em saúde e comportamento sedentário da Brunel University London, considera que a ideia de dez mil passos diários é um "mito". Em vez disso, defende que metas entre cinco mil e sete mil passos são mais realistas e alcançáveis para a grande parte da população, sem perder os benefícios.
Os investigadores esperam que estas descobertas possam moldar futuras diretrizes de saúde pública.
Caminhar como recomendação oficial
Atualmente, a Organização Mundial da Saúde recomenda pelo menos 150 minutos de atividade física moderada ou 75 minutos de atividade vigorosa por semana.
No entanto, os autores do estudo sugerem que a
contagem de passos pode ser uma forma mais intuitiva de encorajar as
pessoas a movimentarem-se ao longo do dia.