Os camiões, pertencentes a companhias civis paquistanesas, estavam estacionados à porta de um armazém, junto à estrada de Peshawar que conduz à fronteira com o Afeganistão. Pouco faltava para a meia-noite quando cerca de 15 homens armados se acercaram do local e começaram a disparar.

Várias cisternas com carburante pegaram fogo, incendiando cerca de 20 veículos e destruindo material militar no valor de milhões de dólares.

Para além dos sete mortos o ataque provocou também quatro feridos. Pensa-se que as vítimas eram condutores dos camiões e pessoas que passavam na ocasião.

A polícia de Islamabad está neste momento á procura dos atacantes, que abandonaram o local em dois veículos e em motocicletas.

Ataques frequentes

Ataques como este são frequentes no noroeste do Paquistão, em especial perto da fronteira Afegã. Os responsáveis são geralmente talibãs paquistaneses, tidos como aliados da Al-Qaeda.

Sob pressão dos Estados Unidos as autoridades de Islamabad têm vindo a lançar várias ofensivas contra os militantes, mas estes acabam sempre por reaparecer noutros locais

Esta madrugada, numa zona tribal próxima da fronteira com o Afeganistão, os rebeldes atacaram dois postos de controlo do exército paquistanês, provocando uma intensa batalha em que morreram dois soldados e seis militantes

O ataque ocorreu perto de Mohmand, uma região que tem sido o foco de operações do exército paquistanês contra os Talibã.

O ataque ao comboio de abastecimentos, nos arredores de Islamabad, serve para recordar a vulnerabilidade logística a que estão sujeitos os 130.000 soldados da Aliança Atlântica que combatem no Afeganistão.

Cerca de três quartos dos abastecimentos necessários para o esforço de guerra são desembarcados no porto paquistanês de Karachi e transportados por via terrestre, para a fronteira Afegã.