Centenas de mortos após sismo no Iraque

por RTP

O número de vítimas do terramoto registado no domingo na fronteira entre o Irão e o Iraque subiu para 344 mortos e vários milhares de feridos, informaram as autoridades locais.

O maior número de mortos concentra-se no Irão, onde o balanço provisório tem vindo a aumentar com o passar das horas, elevando-se a 336 mortos e mais de 3.950 feridos ao final da manhã, todos na província ocidental de Kermanshah.

No vizinho Iraque, o número oficial de vítimas é de oito mortos e 321 feridos.

Durante a noite, as autoridades do Curdistão iraquiano pediram aos habitantes para abandonar a zona sul de Darbandikhan, temendo que a barragem perto da localidade pudesse ter sido atingida.

De acordo com vários meios de comunicação iranianos, uma mulher e um recém-nascido conseguiram esta manhã sair vivos dos escombros provocados pelo sismo.

Segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês), o sismo foi registado às 18:18 de Lisboa na fronteira entre o Iraque e o Irão.

Depois de inicialmente ter colocado o epicentro do sismo no lado iraquiano da fronteira, o USGS colocou-o hoje - assim como o seu homólogo iraniano - no Irão, perto da fronteira, cerca de 50 quilómetros a norte de Pol-e Zaham, a cidade mais afetada, com 236 mortos.

 

O sismo foi inicialmente reportado como tendo a magnitude de 7,2 na escala de Richter. No balanço mais recente, a AFP refere que o abalo foi de 7,3.

Rosa Azevedo - Antena 1

Em dezembro de 2003, um sismo destruiu a cidade histórica de Bam no Irão, na província de Kerman (sudeste). Pelo menos 31 mil pessoas morreram.

Em abril de 2013, o Irão sofreu dois sismos de magnitude 6,4 e de 7,7, o pior abalo desde 1957 naquele país. Os dois causaram cerca de 40 mortos no Irão e no vizinho Paquistão.

Em junho de 1990, um terramoto de magnitude 7,4 no Irão, perto do Mar Cáspio (norte), causou 40 mil mortos, mais de 300 mil feridos e deixou desalojados 500 mil pessoas. Uma área de 2.100 quilómetros, composta por 27 cidades e 1.871 aldeias espalhadas pelas províncias de Ghilan e Zandjan, foi devastada numa questão de segundos.

(Com Lusa)

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