Equipas de resgate na Turquia e na Síria continuaram esta madrugada as buscas por sobreviventes nos escombros do terramoto de magnitude 7,8 na escala de Richter, registado na segunda-feira, que causou até ao momento 4.300 mortos.
Sismo na Turquia. Número de mortos chega aos 4.300
Mais de 4.300 pessoas morreram e pelo menos 19 mil ficaram feridas na Turquia e na Síria devido a dois sismos, um dos quais de magnitude 7,8 na escala de Richter, registados na segunda-feira.
Os sismos causaram ainda o desabamento de mais de 5.600 edifícios na Turquia.
Grupos que operam no noroeste da Síria, controlado pelos rebeldes, disseram que pelo menos 450 pessoas morreram, com muitas centenas de feridos.
Durante a madrugada, os sobreviventes clamavam por ajuda de dentro das montanhas de escombros enquanto os socorristas lutavam contra a chuva, a neve e a descida das temperaturas.
Mais de 7.800 pessoas foram resgatadas em 10 províncias, de acordo com Orhan Tatar, funcionário da agência de gestão de desastres da Turquia.
Pelo menos 2.921 pessoas foram mortas em 10 províncias turcas, com quase 16 mil feridos, avançou esta manhã a agência de gestão de desastres da Turquia.
O número de mortos em áreas controladas pelo governo na Síria subiu para 656 pessoas, com cerca de 1.400 feridos, de acordo com o Ministério da Saúde sírio.
No noroeste da Síria, controlado pelos rebeldes, pelo menos 700 pessoas morreram, com cerca de dois mil feridos, disse o grupo de resgate Capacetes Brancos.
O porta-voz da ONU, Stephane Dujarric, disse que 224 edifícios no noroeste da Síria foram destruídos e pelo menos 325 foram danificados, incluindo armazéns de ajuda alimentar.
Cerca de 25 mil pessoas, incluindo militares, estão a participar nos esforços de resgate, disse Orhan Tatar, que acrescentou que foram destinados 12,1 milhões de euros em fundos urgentes para as dez províncias mais afetadas.
A vice-presidência da Turquia indicou que mais de 300 mil pessoas desalojadas pelo sismo foram acolhidas em centros universitários, abrigos e residências estudantis.
A organização sem fins lucrativos chinesa Ramunion enviou um grupo de oito especialistas em operações de salvamento com experiência internacional, cuja chegada à Turquia está prevista para quarta-feira, avançou o jornal estatal chinês Global Times.
A Cruz Vermelha chinesa decidiu doar 200 mil dólares (186.300 euros) ao Crescente Vermelho Turco e Sírio, organização que irá receber ainda 10 milhões de dólares australianos (6,4 milhões de euros) da Austrália e 1,5 milhões de dólares neozelandeses (880 milhões de euros) da Nova Zelândia.
A ONU estava a ajudar 2,7 milhões de pessoas todos os meses, através de entregas transfronteiriças, que poderão agora ter de ser interrompidas.
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, instou na segunda-feira a comunidade internacional a ajudar milhares de famílias atingidas, salientando que "muitas já necessitavam urgentemente de ajuda humanitária".
O tremor de terra ocorreu a 33 quilómetros da capital da província de Gaziantep, no sudeste da Turquia, próximo da fronteira com a Síria, a uma profundidade de 17,9 quilómetros.
Segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) o sismo registou uma magnitude de 7,8 e sentiram-se dezenas de réplicas, uma das quais de pelo menos 7,6.