Sistema de subsídios a famílias de detidos e mortos palestinianos revogado na Cisjordânia
O presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, emitiu um decreto a revogar o sistema de pagamento de "subsídios financeiros às famílias de prisioneiros, mártires e feridos palestinianos", de acordo com o texto do decreto publicado no diário oficial.
A nova legislação refere que as famílias que receberem a assistência serão elegíveis para receber ajuda, ao abrigo de programas de bem-estar disponíveis para todos os palestinianos, "de acordo com os padrões de justiça e universalidade". A ordem não esclarece a partir de quando irão cessar os pagamentos atualmente em vigor ou se se irão realizar sob uma forma alternativa sem grandes alterações pecuniárias.
A decisão de Abbas surge quando a Autoridade Palestiniana se tenta apresentar como uma opção internacionalmente credível para assumir o controlo de Gaza.
O decreto do presidente apresenta a medida como uma reestruturação, transferindo a iniciativa do Ministério do Desenvolvimento Social para a Fundação Nacional Palestiniana para o Empoderamento Económico.
O Hamas e a Jihad Islâmica Palestiniana condenaram a nova legislação. “Interromper as dotações para as famílias dos prisioneiros, mártires e feridos é um ato antipatriótico e apelamos à sua reversão imediata”, afirmou o Hamas num comunicado.
A Jihad Islâmica disse que a decisão da Autoridade Palestinian "representa um claro abandono da questão dos prisioneiros, que é tão grande quanto a pátria, e uma concessão clara face às pressões e chantagens americanas e sionistas".
Chamou também à medida "uma tentativa de enfraquecer o moral do nosso povo e uma traição aos prisioneiros que oferecem anos de suas vidas firmemente atrás das grades, e uma punição ao povo palestino por cumprir adesão ao seu direito legítimo à resistência e adesão às suas terras e direitos".
A Jihad Islâmica disse que a decisão da Autoridade Palestinian "representa um claro abandono da questão dos prisioneiros, que é tão grande quanto a pátria, e uma concessão clara face às pressões e chantagens americanas e sionistas".
Chamou também à medida "uma tentativa de enfraquecer o moral do nosso povo e uma traição aos prisioneiros que oferecem anos de suas vidas firmemente atrás das grades, e uma punição ao povo palestino por cumprir adesão ao seu direito legítimo à resistência e adesão às suas terras e direitos".
A compensação financeira a famílias de pessoas vítimas de conflitos e violência armada é um mecanismo comum de apoio em vários países do mundo. No caso palestiniano é contudo visto pelo seus detratores como um "pagamento pela matança", que cria uma cultura de glorificação do sacrifício humano no conflito com Israel.
A alteração decretada esta segunda-feira cumpre uma exigência de longa data dos EUA.
A decisão de Abbas surge quando a Autoridade Palestiniana se tenta apresentar como uma opção internacionalmente credível para assumir o controlo de Gaza.