As autoridades venezuelanas informaram que subiu de 13 para 18 o número de mortos pelas chuvas torrenciais que afetam a Venezuela há duas semanas.
O anúncio foi feito pelo vice-ministro de Gestão de Riscos e Proteção Civil da Venezuela, Carlos Pérez Ampueda, precisando que a última vítima foi uma mulher de 86 anos que morreu quinta-feira na sequência da queda de um muro devido às chuvas, no estado de Sucre (525 quilómetros a leste de Caracas).
Em declarações à televisão estatal venezuelana, Carlos Pérez Ampueda precisou que as chuvas das últimas 24 horas provocaram inundações em 22.000 casas, das quais 17 colapsaram total ou parcialmente.
Por outro lado, segundo o Centro Nacional de Emergência e Controlo de Desastres, 64 mil pessoas foram afetadas pelo mau tempo, que, além de inundações, ocasionou deslizamentos de terras, colapso das vias e falhas elétricas em Caracas e nos estados de Miranda, Carabobo e Falcón.
Na cidade de Caracas os fortes aguaceiros de quinta-feira, fizeram subir o nível de água do rio Guaire até quase ao desborde e em Cotiza (norte-centro da capital) a ribeira de Caraballo transbordou, gerando uma rápida torrente de água que impediu a população de circular pela rua.
O mau tempo provocou a queda de várias árvores, deixando dezenas de viaturas presas na Cota Mil, a autoestrada que une, pelo norte, o leste de Caracas com o centro da cidade.
Durante uma videoconferência, transmitida pela televisão estatal, o Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, explicou que o mau tempo é ocasionado pela "Onda tropical 41", que afeta 120 dos 335 municípios do país, de maneira "direta e forte".