Segundo a Proteção Civil, a passagem do "Bopha" pelas Filipinas, na semana passada, causou 902 mortos, a maioria dos quais na ilha de Mindanao, no sul do país, onde as inundações e deslizamentos de terra deixaram graves estragos em cerca de duas mil aldeias.

Mais de 600 pessoas continuam dadas como desaparecidas, ainda que o número traduza um recuo face aos balanços anteriores, depois de na quarta-feira as autoridades terem resgatado um grupo de quase 300 pescadores de atum que tinha saído para o mar antes do tufão "Bopha" atingir a costa.

O tufão, o mais mortífero a afetar as Filipinas este ano, destruiu 149 mil casas, indicaram as autoridades, dando conta de que aproximadamente 80 mil pessoas permanecem em abrigos providenciados pelo governo, onde enfrentam meses de dificuldade.

As estimativas oficiais indicam que 5,4 milhões de pessoas foram afetadas, sendo que os centros de abrigo têm capacidade para acolher apenas 100.000 das 778.000 pessoas que ficaram sem casa.

As províncias de Davao Oriental e Compostela Valley na ilha de Mindanao foram as mais atingidas pelas inundações e deslizamento de terras.

As Nações Unidas lançaram uma campanha mundial na tentativa de angariar 65 milhões de dólares norte-americanos (cerca de 50 milhões de euros) para ajudar as pessoas que foram afetadas pelo "Bopha".

Os prejuízos na agricultura e infraestruturas ascendem a mais de 14 milhões de pesos filipinos (cerca de 260 milhões de euros).