Mundo
Sonda Philae pode estar a morrer
A sonda Philae continua a trabalhar, mas prevê-se que não aguente até à próxima transmissão de imagens, a acontecer esta sexta-feira entre as 21h00 e as 23h00. O funcionamento das suas baterias solares está a ser afetado, uma vez que o robô está à sombra.
De acordo com a agência espacial francesa (CNES), a recolha de dados científicos no cometa 67P/ Churyumov-Gerasimenko já é rica, referindo ainda que será preciso tempo para analisar todos os dados recebidos.
A 500 milhões de quilómetros da Terra, depois de uma viagem de 10 anos pelo sistema solar, a sonda pode estar morrer por falta de alimentação energética. A pilha inicial tem uma duração de 60 horas, passando depois a energia a ser fornecida por baterias solares.
A sonda “tem algumas horas de vida com a sua pilha. Em seguida, são as baterias solares que deveriam assumir o controlo, mas o robô está à sombra”, declarou à AFP Philippe Gaudon, chefe do projeto Rosetta no CNES, em Toulouse.
Estas baterias solares deveriam permitir a sobrevivência da sonda por alguns meses, mas estão a receber menos luz do que o esperado. A energia recebida é muito pouca porque a Philae está presa entre rochas e à sombra. Apenas uma das partes do corpo está a ser iluminada pela luz solar.

Foto: ESA
De acordo com o The Guardian, os cientistas que controlam o robô estão a preparar uma última tentativa para salvar a Philae. Vão fazê-lo “dar um salto” para uma zona com maior exposição solar na superfície do cometa.
Se esta tentativa fracassar, com a falta de energia nos painéis solares, a sonda vai hibernar e a última parte desta missão espacial pode estar condenada.
De acordo com a Agência Espacial Europeia (ESA), mesmo que não se consiga alterar a localização atual da sonda e, por isso, não se obtenha exposição solar suficiente para carregar as baterias, é possível que, mais tarde, a sonda “acorde”. Segundo os especialistas, o cometa está, no seu percurso natural no Sistema Solar, a aproximar-se do Sol, o que pode levar a um aumento da iluminação e consequente contacto com os painéis solares da Philae.
Vídeo: ESA
A aterragem da sonda não correu como esperado. A ESA lançou uma vídeo na página oficial onde mostra o processo suposto da chegada da Philae ao cometa 67P/ Churyumov-Gerasimenko.
A Agência Espacial Europeia marcou uma sessão de esclarecimento online, onde respondeu às várias questões acerca da viagem e aterragem da sonda no cometa. O vídeo deste encontro pode ser visto na página oficial da ESA.
Nem tudo está perdido
Mesmo que a morte da sonda esteja próxima, esta missão já teve alguns resultados positivos. Numa curta vida na superfície do cometa, ainda foi possível enviar algumas fotografias para a Terra.
Graças aos seus instrumentos, a sonda começou a radiografar o interior do cometa, a estudar o magnetismo, a captar imagens do solo e a analisar as moléculas complexas libertadas a partir da superfície.
O robô é já o principal responsável por se terem encontrado no núcleo do cometa moléculas orgânicas que podem ter tido um papel no surgimento da vida na Terra, já que os cometas são os objetos mais primitivos do sistema solar.
É suposto ainda que a Philae perfure o solo e retire amostras para análise. Contudo, até ao momento, os cientistas da ESA não lhe podem dar esta ordem, por receio que a faça desequilibrar-se, devido à posição em que se encontra.
A 500 milhões de quilómetros da Terra, depois de uma viagem de 10 anos pelo sistema solar, a sonda pode estar morrer por falta de alimentação energética. A pilha inicial tem uma duração de 60 horas, passando depois a energia a ser fornecida por baterias solares.
A sonda “tem algumas horas de vida com a sua pilha. Em seguida, são as baterias solares que deveriam assumir o controlo, mas o robô está à sombra”, declarou à AFP Philippe Gaudon, chefe do projeto Rosetta no CNES, em Toulouse.
Estas baterias solares deveriam permitir a sobrevivência da sonda por alguns meses, mas estão a receber menos luz do que o esperado. A energia recebida é muito pouca porque a Philae está presa entre rochas e à sombra. Apenas uma das partes do corpo está a ser iluminada pela luz solar.
Foto: ESA
De acordo com o The Guardian, os cientistas que controlam o robô estão a preparar uma última tentativa para salvar a Philae. Vão fazê-lo “dar um salto” para uma zona com maior exposição solar na superfície do cometa.
Se esta tentativa fracassar, com a falta de energia nos painéis solares, a sonda vai hibernar e a última parte desta missão espacial pode estar condenada.
De acordo com a Agência Espacial Europeia (ESA), mesmo que não se consiga alterar a localização atual da sonda e, por isso, não se obtenha exposição solar suficiente para carregar as baterias, é possível que, mais tarde, a sonda “acorde”. Segundo os especialistas, o cometa está, no seu percurso natural no Sistema Solar, a aproximar-se do Sol, o que pode levar a um aumento da iluminação e consequente contacto com os painéis solares da Philae.
Vídeo: ESA
A aterragem da sonda não correu como esperado. A ESA lançou uma vídeo na página oficial onde mostra o processo suposto da chegada da Philae ao cometa 67P/ Churyumov-Gerasimenko.
A Agência Espacial Europeia marcou uma sessão de esclarecimento online, onde respondeu às várias questões acerca da viagem e aterragem da sonda no cometa. O vídeo deste encontro pode ser visto na página oficial da ESA.
Nem tudo está perdido
Mesmo que a morte da sonda esteja próxima, esta missão já teve alguns resultados positivos. Numa curta vida na superfície do cometa, ainda foi possível enviar algumas fotografias para a Terra.
Graças aos seus instrumentos, a sonda começou a radiografar o interior do cometa, a estudar o magnetismo, a captar imagens do solo e a analisar as moléculas complexas libertadas a partir da superfície.
O robô é já o principal responsável por se terem encontrado no núcleo do cometa moléculas orgânicas que podem ter tido um papel no surgimento da vida na Terra, já que os cometas são os objetos mais primitivos do sistema solar.
É suposto ainda que a Philae perfure o solo e retire amostras para análise. Contudo, até ao momento, os cientistas da ESA não lhe podem dar esta ordem, por receio que a faça desequilibrar-se, devido à posição em que se encontra.