A nave Soyuz separou-se da Estação Espacial Internacional (ISS) às 22:45 de Moscovo (19:45 em Lisboa) e deverá aterrar na estepe do Cazaquistão (Ásia central), a cerca de 85 quilómetros da cidade de Arkalyk, às 02:08 de segunda-feira em Moscovo (23:08 de hoje, em Lisboa), depois de dar uma volta à terra, indicaram responsáveis do centro de controlo de voos espaciais, citados pela agência noticiosa RIA Novosti.

O regresso à terra será dificultado pela escuridão nocturna e pela existência de inundações na zona de aterragem prevista, onde está a derreter a neve abundante que cobre a estepe.

"A descida (da Soyuz TMA-5) decorrerá em condições complexas de escuridão e numa zona afectada por inundações", declarou sexta- feira o general Vladimir Popov, chefe do Grupo Aeroespacial de Resgate, responsável pela retirada de cosmonautas do interior das naves.

Popov explicou que o degelo na estepe cazaque inunda as depressões do solo e forma até pequenas lagoas de vários metros de extensão, pelo que a aterragem da Soyuz poderá ser aquática.

Leroy e Sharipov, membros da décima expedição, regressam à Terra depois de terem permanecido mais de seis meses a bordo da ISS e Vittori depois de realizar a missão Eneida, de 10 dias, na qual realizou experiências de cientistas da Europa e Rússia.

Dez helicópteros Mi-8, dois aviões An-12 e um An-24 sobrevoarão a zona e quatro veículos todo-o-terreno patrulharão o sector de aterragem.